POSTAGENS/ ARTIGOS ALEATÓRIOS

quarta-feira, 4 de maio de 2011

KIOSQUE ;CONHECENDO AS DEUSAS


  

    DEUSA  MÃE  

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Uma estátua da cultura de Cucuteni, cerca de 4000 anos a.C.
Ficheiro:Tripolye statue.jpgUma deusa mãe (ou deusa-mãe) é uma deusa, amiúde representada como a Mãe Terra; é representada como deidade de fertilidade geralmente sendo a generosa personificação da Terra. Como tal, nem todas as deusas podem considerar-se manifestações da Deusa Mãe.
O termo refere-se a um mito universal[1] de divindade feminina relacionada à Natureza, aos ciclos, à fertilidade, e seu culto remonta ao início da história humana, como pode ser observado nas retratações de Vênus da Pré-história. O culto à Deusa Mãe, ou religião matriarcal, foi observado inicialmente na Pré-história[2] (Paleolítico[3] e Neolítico), aonde foram encontradas estatuetas de culto, estendendo-se ao reino da Frígia,[4] aonde ficou mais conhecida como Cibele, e daí à civilizações grega, romana, egípcia e babilônia aonde consolidou-se um enorme panteão de deusas. A existência do culto em várias culturas não-frígias[5] evidencia no entanto que Cibele é tão-somente a manifestação local desta divindade, a qual era identificada, entre os gregos, à deusa Réia.
Estudos apontam que a ascensão do patriarcado, iniciada com os hebreus, na religião fez com que a tradição de adoração à Deusa se tornasse ameaçadora à consolidação do poder pelos homens. Alguns ramos do cristianismo, tais como o catolicismo Romano, e a ortodoxia consideram Maria, como uma mãe espiritual, cumprindo um papel materno, e vista como uma força protetora e intercessora, porém ela não é adorada como uma "Deusa-Mãe".[6][7][8]
Esta deusa é representada nas tradições ocidentais de muitas formas, das imagens talhadas em pedra de Cibele a Dione, deusa invocada em Dodona, junto com Zeus, até finais da época clássica. Entre os hinos homéricos (séculos VII-VI a.C.) há uma dedicação à Deusa Mãe chamado «Hino a Gea, Mãe de Todo». Os sumérios escreveram muitos poemas eróticos sobre a deusa mãe Ninhursaga 

As Deusas do Olímpio








As Deusas do OlímpioHera (Juno) | Héstia (Vesta) | Deméter (Ceres) | Ártemis (Diana) | Atena (Minerva) | Afrodite (Vênus)
Hera - Além de irmã de Zeus, também foi a sua mulher oficial. Protetora do matrimônio, extremamente ciumenta, buscava castigar as mulheres pelas quais Zeus se apaixonava.

Não perdoava aqueles(as) que a ofendiam.

As mulheres casadas invocavam o seu auxílio no momento do parto. Em algumas cidades, Ilítia ou Eileithyia, a divindade consagrada a esse acontecimento, identificava-se com a própria Hera, em outras como sua filha. Os romanos tratavam Hera como Juno.


Héstia - Deusa dos laços familiares, simbolizada pelo fogo da lareira. Cortejada por Possêidon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus; embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era admirada por todos os deuses. Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam o fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra mater. Em Roma era cultuada como Vesta; suas sacerdotisas eram chamadas vestais, e faziam voto de castidade.


Deméter - Deusa da terra fértil, dos campos e dos cereais, especialmente do trigo. Era uma das deusas mais antigas, associada a Géia e à sua própria mãe Réia. Seu culto era praticado em diversas regiões do mundo helênico, onde assumia os nomes de Cibeles (Frígia), Ísis (Egito) e Ceres (Roma).



Ártemis
- Deusa das florestas, da caça e dos animais selvagens. Em algumas cidades era a deusa da fertilidade e do nascimento das crianças; também era considerada a divindade da luminosidade lunar, e protetora da juventude feminina.

Existiam contradições nos papéis a ela atribuídos. Ao mesmo tempo em que era a deusa da caça, protegia os animais, especialmente os cervos; embora fosse virgem, virtude que foi defendida em vários mitos, protegia os partos.

Era descrita como uma mulher alta, que se destacava das ninfas que a acompanhavam; portava arco e flecha, e era rodeada por uma matilha. Também é representada com cabelo preso e seios à mostra. Em Roma era venerada como Diana.



Atena - Deusa da sabedoria, indústria, justiça, guerra e artes. Era filha somente de Zeus, que ao sentir uma terrível dor de cabeça, pediu a Hefesto, deus do fogo e padroeiro dos artesãos, lhe abrisse o crânio; então, dele saltou Atena, já adulta. Atena teria sido concebida por Métis, a antiga deusa da prudência, que em alguns mitos foi a primeira mulher de Zeus, porém havia uma profecia de que a criança o destronaria; então, Zeus devorou Métis, e teve Atena sozinho.

Na guerra, Atena associava-se ao combate individual, estratégia e justiça, diferentemente de Ares, que tinha prazer apenas pela brutalidade. O atributo da vitória era em algumas cidades consagrado a Atena, em outras aparecia Nike, uma deusa específica para a vitória, representada por uma mulher alada. Minerva era o nome que os romanos designaram para Atena, e Victória para Nike.



Afrodite - Deusa do amor, beleza e êxtase sexual. De acordo com Hesíodo, nasceu quando Urano foi castrado por Cronos, que atirou os órgãos genitais ao mar; um turbilhão levantou-se e dele ela surgiu. Há uma outra versão em que Afrodite é filha de Zeus e Dione.

Afrodite era uma deusa de origem asiática, similar a Ishtar da Mesopotâmia, e a Ashtart sírio-palestina. Seus símbolos eram o delfim, o pombo, o cisne, a romã e a limeira.

A presença de Afrodite causou um alvoroço no Olimpo; Zeus, temendo uma briga entre os deuses, por causa dos seus encantos, resolveu casá-la com Hefesto, deus do fogo e ferreiro dos deuses, por ele considerado o mais estável emocionalmente; também se conta que foi uma forma de Zeus castigá-la pela vaidade.

O casamento não deu certo; a bela, alegre e atraente deusa não se encantou pelo feio, coxo e encardido ferreiro, e o traiu com Ares. Eros, o garoto alado que atirava as flechas para que as pessoas se apaixonassem, é filho dessa união. Em Roma, Afrodite foi cultuada como Vênus, e Eros como Cupido.


Fonte: http://greek.hp.vilabol.uol.com.br/deusas.htm

 AS DEUSA GREGAS MENOS CONHECIDAS     

Os arquétipos evocam e moldam a energia psíquica à sua semelhança. Talvez, um dos maiores erros humanos seja pensar que possui o livre-arbítrio para fazer ou pensar o que quer. Na verdade, se está à mercê dos poderes divinos dos deuses ou, em linguagem psicológica, dos arquétipos. E, caso o ego não esteja fortalecido e capaz de auto-observar-se, fatalmente, sucumbirá ao poder do arquétipo.

Por isso, vamos abordar alguns arquétipos representados pelas chamadas deusas gregas menos conhecidas, como as denominou Sanford no livro “Destino, Amor e Êxtase”.
            Essas deusas são aquelas anteriores a era patriarcal, olímpica, e, portanto, matriarcal, que foram renegadas porque as “forças da vida” que elas representavam também o foram com o advento da era patriarcal. Elas estão presentes nos relacionamentos humanos, principalmente nos de ordem afetiva. É através delas que temos o desenrolar de um relacionamento afetivo emocional. Atentando para suas características e qualidades poderemos repensar nossos relacionamentos, evocando as energias das deusas necessárias a uma boa evolução ou, minimizando as energias menos favoráveis.
1.      O Cortejo de Afrodite
Afrodite representa a deusa do amor erótico que é denominado eros. Lembrando
que ágape é o amor incondicional e stroge o amor à família, a devoção e afeição em geral. Afrodite possuía as qualidades Sagrada e Profana, na primeira impulsionava ao amor, na segunda, impulsionava a sexualidade permissiva.
            As primeiras a saudarem Afrodite quando ela nasceu, foram as três Horas e a deusa Peito. Peito era a deusa da delicada persuasão e representa as palavras que seduzem e encantam a mulher (visto que as mulheres são mais auditivas e os homens mais visuais).
            Em seguida, apareceram as Cárites, que são as responsáveis pelo amadurecimento do amor, pelos adornos e cuidados para “se chamar à atenção” de alguém. As Cárites são três: Agléia, que significa esplendida beleza; Eufrosina, que significa pensamentos alegres, boa disposição, e Talia, que representa abundância, fartura.
            Também atuava junto a Afrodite a Deusa Aidos, que era a deusa da modéstia, do auto-respeito e da vergonha.
2.      Ananke e os Daimones
Ananke é a deusa da Necessidade, no sentido de se precisar de alguma coisa. Representa as necessidades externas e internas, as de relacionamento ou de afinidade, da criatividade e da cura. Pode ser percebida nos vícios, nos transtornos obsessivo-compulsivos (TOC).
Daimones são espíritos puros que habitam a terra; benévolos e “guardiões dos mortais”. Do grego, deimon; genius para os romanos. Mas, também, uma maneira de vivenciar a necessidade segundo nos seja mais apropriada.
A palavra terapia vem do grego, de thepapeuo, que significa curar e “prestar serviço aos deuses”.
3.      Têmis e suas filhas
Têmis é a deusa do que é Correto, no sentido da correção e não da moral, dos
limites e fronteiras. É a ordem correta, a ordem que prevalece na natureza, que regula a vida humana e até os relacionamentos; limitava a boa sorte e felicidade dos mortais.É Têmis quem impede a Sombra de se introduzir nas relações de amizade pois, estaríamos ultrapassando o justo limite da relação. Ela faz o mesmo quando existe um inimigo entre dois amigos, ou seja, quando uma das pessoas amigas tem amizade com uma outra que é inimiga de seu amigo. Têmis também limita o ciúme.
            Os relacionamentos amorosos embora suportem melhor a invasão da Sombra e do ciúme, desde que esse último seja na esfera afetiva e não mundana, também são regulados por Têmis.
Têmis também está presente nos relacionamentos profissionais, como por exemplo, na relação terapeuta-cliente, onde deve ser preservado o respeito mútuo e contidas as intensas emoções pessoais.
Ela aparece na ordem social: no Código Penal, de Trânsito, da Receita Federal, e, principalmente, na Natureza, na ordem natural, tais como na cadeia alimentar e controle populacional.
            Têmis tinha três filhas: Dike ou Diquê, que representa o costume, a lei e a justiça; Eunomia, representando a boa ordem, e, Eirene, a paz.
            Têmis tinha, ainda, outra acompanhante que, junto com Dike aplicava a justiça, que era Nêmesis, que representa a punição justa e a vingança.
            Nos vícios, no consumismo, nos quadros maníaco-depressivos e na sexualidade desenfreada  encontramos exemplos claros de desrespeito a Têmis.
4.      A Deusa Ate
A Deusa Ate é a responsável pela insensatez, pela ruína, pelo pecado, pela discórdia e pela confusão por bobagens. Faz com que se perca o poder do discernimento moral, do julgamento e da ação correta. Quem se via sob a influência de Ate, apelava para as três Lites (preces). Ate compelia nações ou pessoas a agirem sob a inclinação de ate (insensatez, discórdia), sucumbindo ao pecado de hybris (soberba, orgulho).
5.      As Moiras
Fala-se muito sobre as “escolhas” que as pessoas fazem; se coisas boas ou ruins
acontecem, são por suas escolhas; que todos construímos e moldamos nossas vidas e destino através de nossas escolhas. Entretanto, existem inúmeros fatos que não corroboram essas afirmativas. Desde o nascimento até a morte – os dois principais pontos de não escolha – vivenciamos situações que independem de nossa vontade, tais como: poder ter ou não filhos, que estes nasçam sadios, sofrer ou não de determinadas doenças de ordem genética, etc. E, isso é o que chamamos destino ou fatalidade, que era representado na Grécia Antiga pelas três deusas Moiras (ou Parcas).
As três Moiras são: Cloto, a fiandeira, representa a que tece a teia da vida; Átropos, a que cortava o fio da vida; e, Láchesis, a que distribui a parte que cabe a cada alma.
Existia, ainda, na Grécia Antiga, uma outra fatalidade, a úpermoira, que era uma sina que a pessoa atraía para si em função do pecado, ou seja, era uma conseqüência do pecado. E úpermoira podia ser evitada.
Então, pode-se dizer que a fatalidade ou sina determinada pelas Moiras é uma predestinação que só pode ser enfrentada, mas não evitada. Não é determinada por boas ou más ações do sujeito ou de seus pais; não está ligada a uma vida com ou sem pecado. Já a úpermoira, sim.
Enfrentar a sina exige e desenvolve o caráter (do grego, xaracter que significa ser alguém definido), ou seja, determinados princípios a que se permanece fiel independente de confrontações. E este é o caminho para a individuação, o caminho para realizarmo-nos como indivíduos únicos.
Sendo a fatalidade inevitável, o mesmo não se pode dizer do destino pois este pode ou não ser cumprido, sendo determinado pela maneira que enfrentamos as fatalidades e fazemos nossas escolhas (caráter).
6.      As Erínias (ou Fúrias)
As Erínias viviam no Tártaros, que era a parte do subterrâneo reservado aos mortais que eram levados para lá como forma de castigo pois haviam cometido alguma grave ofensa contra os deuses. Elas carregavam tochas, serpentes e chicotes, e representavam os espíritos da vingança feminina.
As três Erínias são: Aleto, a incessante, a implacável; Tisífone, a inexorável; e, Megaira, a raiva invejosa. Elas defendiam os valores femininos primordiais: a fidelidade ao amor e os direitos e a santidade da família, especialmente das mães. E, quando estes eram violados, perseguiam furiosamente suas vítimas.
As Erínias também eram chamadas por Eunêmides, com a intenção de não pronunciar seus verdadeiros nomes. Mas, como Eunêmides, eram responsáveis pela abundância e bênçãos quando a natureza era honrada, quando a ordem natural era respeitada.
O inconsciente quando negligenciado pode voltar-se contra o consciente, tornando-o destrutivo, isto é, levando o indivíduo a provocar acidentes ou doenças para si mesmo. Este é o efeito das Erínias na psique humana.
7. Dionísio: o mais estranho dos Deuses
Dionísio é uma incógnita, nada é conclusivo no que diz respeito a ele. É o deus que concedeu o vinho e o sono aos mortais. Ele era magnífico em se transformar, modificava-se com disfarces teriomórficos (touro, serpente, leão, bode) para validar seus mandatos. Associado a turbulência, ao abandono, a liberação das repressões da vida, mas não devasso ou libertino, características próprias de Baco, sua versão romana. A liberdade atribuída a Dionísio era de se viver a vida, desfrutando do que ela tinha de melhor, mas em coerência com a essência interior – ele habita o inconsciente e clama por se libertar. Foi por essa razão que ele era seguido incessantemente pelas mulheres. Havia algo nele do feminino, muitos o achavam parecido com as mulheres. Há uma androgenia em Dionísio que fazia com que fosse adorado por ambos os sexos. Ele era o deus do falo e não apenas por sua sexualidade, mas por simbolizar o poder masculino penetrante capaz de fertilizar o feminino.
Era um deus sensível às dores e angústias dos mortais e o vinho veio para curar a alma através da liberação e da animação da mesma.
Dionísio era, decididamente, uma afronta aos valores patriarcais.
A vivência da sexualidade despertada nas mulheres por Dionísio não era profana, pois ele acreditava e sabia que as mulheres eram fiéis ao amor e, portanto, à sua própria natureza. Elas não sairiam por aí se entregando a qualquer um.
Dionísio é associado a “loucura” que não tem qualquer relação com a insanidade, mas ao poder criativo que, também, pode se destrutivo, que seria a invasão de uma divindade, ou seja, a energia desse deus emerge das camadas mais profundas do inconsciente e que independe da vontade do ego.
Dionísio ou, psicologicamente falando, a experiência dionísica conduz a uma intensificação da consciência e por isso é parte fundamental no processo de individuação.
“Dionísio chega como o libertador da alma porque ele liberta o que foi reprimido e ocupa a alma vazia com seu poder. O fato de especialmente as mulheres serem suas devotas sugere que o elemento aprisionado era, e ainda é, o feminino.” (Sanford, 1999, p. 146).
Entretanto, isso não é comparável ao movimento feminista, pois não rejeita ou nega o logos (masculino) ou hiper-valoriza o eros (feminino), a liberação dionísica visa a união desses elementos que assim libertariam a alma. Não haveria, assim, uma hiper-valorização do ego.

Como usar a energias dessas deusas

            Através da compreensão desses arquétipos poderemos observar e desenvolver aspectos primordiais na esfera dos relacionamentos. Desenvolvendo-se as características positivas dos arquétipos que estariam menos desenvolvidos ou menos atuantes em nós, poderíamos encaminhar os relacionamentos de maneira mais harmoniosa e real.
   Como já mencionado no início deste trabalho, os aspectos simbolizados pelas chamadas deusas menos conhecidas foram desprezados, negados pelo patriarcado. E, embora, de teor feminino não pertencem apenas às mulheres, mas a parte feminina (anima) do homem.
Enfim, vamos embarcar nessa viagem que nos conduz, principalmente, ao relacionamento amoroso.
Primeiramente, somos tocados pelos poderes de Afrodite, através de eros.  Então, a deusa Peito influenciará o homem a nos dizer coisas que nos seduzem e encantam. Segue-se a ação das deusas Cárites que nos farão cuidarmo-nos e adornarmo-nos para atrair a atenção, além de fazerem com que sintamos aquela alegria de esperar pelo encontro. Logo, virá Aidos que nos conduzirá a atitudes de auto-respeito e vergonha, não permitindo que violentemos nossos valores pessoais, pois Ananke irá se manifestar através de nossas necessidades afetivas e corporais de ter um relacionamento amoroso, de acordo com nosso daimon (de maneira apropriada para nós) . Mas deveremos nos acautelar  com Ananke para não ficarmos obcecadas pelo objeto de nossa energia afetiva. A deusa Têmis e suas filhas estarão “vigiando”  todo o processo para que permaneçamos corretas aos valores naturais, impedindo que a nossa Sombra seja projetada e que desafiemos  os costumes e leis que regem os relacionamentos (p. ex.: a traição), limitando o ciúme no nível da normalidade.
Devemos, também, estar atentas com relação a Ate que promove a discórdia, a confusão através da auto-ilusão e arrogância.
Estaremos à mercê do Destino-Fatalidade (Moiras) que colocará alguém em nossa vida, mas deveremos estar atentas no sentido da úpermoira (destino) para que não criemos situações das quais nos arrependeremos, aqui reside a nossa chance de fazermos as boas escolhas.
Mas se nos virmos traídas, as Erínias se encarregarão de nos deixar iradas e buscar implacavelmente por vingança.
E, através de Dionísio, libertaremos nossa alma e viveremos o amor sem o controle do ego; não o submeteremos a racionalidade e nem a mediocridade, mas o elevaremos acima do nível mundano.
           
Referência Bibliográfica:
SANFORD, John A. Destino, Amor e Êxtase – a sabedoria das deusas menos conhecidas. São Paulo: Paulus, 1999, 157p.





                                             O que é Deusa?






Como "Deusa" é caracterizado um tipo complexo de personalidade feminina que reconhecemos intuitivamente em nós, nas mulheres a nossa volta e também nas imagens e ícones que estão em toda a nossa cultura. Segundo a teoria junquiana, as deusas são arquétipos, fontes derradeiras de padrões emocionais que fluem de nossos pensamentos, sentimentos, instintos e comportamentos, caracterizados e tipificados como puramente "femininos". Tudo que realizamos e gostamos, toda a paixão, desejo e sexualidade, tudo que nos impele à coesão social e à proximidade humana, assim como todos os impulsos, tipo absorver, reproduzir e destruir, são associados ao arquétipo universal feminino. Tais conceitos nos foram deixados como herança pelos gregos e todas as culturas antigas, que percebiam estas energias não como abstrações destituídas de alma, mas sim como forças espiritualmente vitais. Quando tais forças se manifestavam num certo comportamento ou experiência, o denominavam de "compulsão de deuses e deusas".
Quando o amor e a paixão aflorava auxiliado pela convulsão hormonal, os antigos se reportavam a história da bela Afrodite que transtornava o estado de espírito, o sono, os sonhos e a sanidade mental do apaixonado.
Na Grécia, as mulheres percebiam que uma vocação ou profissão as colocava sob o domínio de uma determinada deusa a elas veneravam. No íntimo das mulheres contemporâneas as deusas existem como arquétipos e podem cobrar seus direitos e reivindicar domínio sobre suas súditas. Mesmo sem saber a qual deusa está submissa, a mulher ainda assim deve dar sua submissão a um arquétipo determinado por uma época de sua vida ou por toda a existência. Jung chama o arquétipo das deusas de "Transformadoras", porque tendem a surgir em momentos de mudança em nossa vida, como na adolescência, casamento, morte de um ente querido, modificando totalmente nossos sentimentos, percepções e comportamentos. Uma vez que a mulher se torne consciente das forças que a influenciam, adquire total poder sobre este conhecimento. As deusas embora invisíveis, são poderosas e modelam e influenciam o comportamento e emoções. Quanto mais uma mulher souber sobre suas deusas dominantes, mais centrada ela se tornará, tendo o perfeito domínio sobre seus instintos, habilidades e possibilidades de encontrar um significado especial através das escolhas que fará.
Os padrões de deusa também afetam o relacionamento com os homens. Diga-me qual homem que escolhestes que te direi as deusas que moram dentro de ti. Realmente esta escolha ajuda e elucidar afinidades e dificuldades pelas quais passa a mulher que o escolheu.
Temos que ter em mente que, toda mulher tem dons concedidos pelas deusas, mas ela deve aprender a descobri-los e aceitá-los com gratidão. Mas toda mulher também tem deficiências concedidas pelas deusas que deve reconhecer e superar para que possa trilhar o caminho do auto-conhecimento e realização.
Os homens também são influenciados pelas várias deusas, pois estas certamente espelham as energias femininas na psique masculina, embora, via de regra, os homens vivenciam-nas como exteriores a si próprios, ou seja, através das mulheres pelas quais são atraídos ou pelas quais se sentem fortemente provocados. Descomplicando, os homens vivenciam as deusas projetando-as nas mulheres de sua vida e nas imagens específicas da mídia que lhes causem deleite ou aversão. Uma melhor compreensão sobre as deusas, fará com que este mesmo homem compreenda o porque de sua atração por certas mulheres e o fracasso com outras, permitindo então, que ele comece a fazer as escolhas certas.
Muito embora as culturas guerreiras tenham dominado vasto período do história, o culto à Deusa Mãe sobreviveu e floresceu até a época dos romanos. Esta Grande Deusa era venerada como progenitora e destruidora da vida, responsável pela fertilidade e destrutibilidade da natureza. E, ainda hoje, Ela é percebida como um arquétipo no inconsciente coletivo.
As deusas diferem uma da outra. Cada uma delas têm traços positivos e outros negativos. Seus mitos mostram o que é importante para elas e expressam por metáfora o que uma mulher que se assemelha a elas deve fazer. Todas estão presentes no interior de cada mulher. Quando diversas deusas disputam o domínio sobre a psique de uma mulher, esta precisa decidir que aspecto de si própria expressar e quando expressá-lo.
Infelizmente o triunfo dos tempos modernos tornou-se o triunfo do cristianismo e de um Deus Pai Único e Supremo. Os cultos à Grande Deusa Mãe foi se tornando disperso, suprimido e distorcido. A maioria das civilizações atuais, tornaram-se filhas de uma família divorciada. Agora vivem apenas o Pai e estão proibidas de mencionar o nome da Mãe ou de qualquer lembrança sutil daquelas épocas alegres e amorosas em que se vivia em seus braços e na segurança de seu caloroso colo. Tendo apenas o Pai para nos orientar, nós, a despeito de seu amor, tornamo-nos endurecidos, implacavelmente heróicos e severamente puritanos ao tentar esquecer a segurança perdida e a confiança sensual na terra que outrora a Mãe nos proporcionava.
Nos quatros cantos do mundo, porém mais proeminente nos países ocidentais, estamos testemunhando um discreto redespertar do feminino, uma sublevação profunda no âmago da consciência das mulheres. Muitos homens temem e contestam este processo, outros entretanto sentem-se desafiados e estimulados. Observadores mais radicais denominaram este movimento como o "Retorno da Deusa", porque ele parece sugerir a própria antítese da sociedade patriarcal.
É urgente que compreendamos a natureza e a condição dos arquétipos femininos que estão despontando do inconsciente coletivo da nossa cultura. Os sonhos e as experiências interiores de homens e mulheres, temas tratados por romancistas e pela mídia do mundo inteiro, ressaltam imagens ao mesmo tempo antigas (mitológicas), mas radicalmente novas do feminino que vão chegando à consciência. Estas formas estão fermentando dentro de nós, sendo capazes de transformar os modos mais fundamentais de pensarmos sobre nós mesmos. Essas poderosas forças interiores e as imagens e mudanças que provocam são denominadas "DEUSAS".


por Gaia Lil 
#############################################################################

Nenhum comentário:

Postar um comentário