OS SETE NÍVEIS OU CORPOS
De acordo com a milenar concepção setenária, originária da antiga tradição oriental, o agregado homem-espírito compõe-se de dois extratos distintos:
A. Tríade Divina ou Ternário Superior ou ainda Individualidade ou Eu - individualidade composta pelos níveis Átmico, Búdico e Mental Superior (ou Causal).
B. Quaternário Inferior ou Ego - Personalidade - composta pelos níveis Mental Inferior ou Concreto, Astral ou Emocional, Corpo Etérico, Duplo Etérico ou Corpo Vital e Corpo Físico ou Somático.
Os corpos, Físico e Etérico são corpos materiais, que se perdem pelo fenômeno morte. Os demais são Espirituais e o ser os vai abandonando gradativamente na medida em que evolui até se tornar espírito puro.
Corpo Físico - Carcaça de carne, instrumento de suporte passivo, recebendo a ação dos elementos anímico-espirituais, constituído de compostos químicos originários do próprio planeta. São milhares de vidas organizadas e administradas pela vida e comando do espírito. O único estudado e relativamente conhecido pela ciência oficial.
Nele, somatizam-se os impulsos desarmônicos oriundos dos demais corpos, níveis ou sub-níveis da consciência, em forma de doenças, desajustes ou desarmonias, que são simples efeitos e não causa. Mais detalhes sobre este corpo ver Anexo H.
Corpo Etérico - Alma Vital, vitalidade prânica, reproduz o talhe do corpo físico, estrutura tênue, invisível, de natureza eletromagnética densa, mas de comprimento de onda inferior ao da luz ultravioleta, quase imaterial. Tem por função estabelecer a saúde automaticamente, sem interferência da consciência. Está ligado a doação ou exteriorização de energias pois no corpo etérico é que se situam os chacras ou centros de força. O corpo etérico tem importante papel nas terapias energéticas. É muito confundido com o perispírito ou corpo astralO Corpo Etérico é o mediador ou elo plástico entre o Corpo Físico e o Astral ou conjunto perispírito. Essas ligações acontecem ou se fazem por cordões ligados aos chacras (Anexo J) ou centros de força.
E no caso de nosso trabalho no Grupo Ramatís, onde o interesse é mais direcionado aos aspectos do psiquismo, procuramos estudar mais a ligação ou cordão que se liga na região do bulbo ou nuca. No entanto, como trabalhamos também com terapia alternativa, freqüentemente percebemos dificuldades com os demais cordões, que parecem sujos ou emaranhados.
O Duplo Etérico é constituído por ectoplasma - sua base é o éter cósmico e, como composição exterior, o éter físico emanado do próprio planeta Terra e elaborado no fantástico laboratório homem-espírito. É fundamental nos fenômenos de tele-transporte (efeitos físicos) e acoplamento ou sintonia mediúnica. Este corpo possui individualidade própria e tem consciência um tanto instintiva e reduzida, podendo ser dividido em sete níveis ou camadas, conforme estudos e informações recentes da espiritualidade. Grande número de doenças e desarmonias está alojado no Duplo Etérico, influenciando daí, o Corpo Físico. Sua cor é azul do lado esquerdo e alaranjado do lado direito e, quando em intensa atividade, tende ao azul-cinzento-violáceo.
Todos os seres vivos possuem Duplo Etérico, embora nem todos tenham Corpo Astral ou Mental. Pode ser afetado por substâncias ácidas, hipnóticas, sedativas ou entorpecentes, e sensíveis também ao perfume, frio, calor, magnetismo, etc. As criaturas dotadas de mediunidade devem ter o máximo cuidado evitando alimentos ou bebidas com as características acima descritas.
Pode ser afastado do corpo por pequena distância, através de anestesia, transe mediúnico, sono, coma alcoólico, hipnotismo, etc, mas tende sempre a reintegração.
O Duplo vibra em média 1cm acima do Corpo Físico. Sua função mais importante é transmitir para a tela do cérebro todas as vibrações das emoções e impulsos que o perispírito recebe da alma além de absorver a vitalidade ou prana do mundo oculto emanada do Sol, misturando-a com as várias energias vitalizantes do planeta e distribuindo-as ao soma. Seu automatismo é instintivo e biológico, não inteligente.
No caso do ataque epiléptico o Duplo Etérico fica saturado de venenos usinados, acumulados e expurgados pelo perispírito ou níveis mais altos da consciência e afasta-se violentamente do corpo, evitando com isso, danos à delicada construção celular do Corpo Físico. Ele possui função semelhante ao do fusível ou chave disjuntora, que sob o efeito de elevação brusca da tensão elétrica, desliga-se automaticamente, aliviando e preservando o sistema.
É claro que existem outros ataques que não são epilépticos, embora semelhantes, e nessa categoria, pela nossa experiência na mesa mediúnica e pesquisas com os níveis de consciência através do Desdobramento Múltiplo, podemos falar de mais três efeitos (ataques) semelhantes:
a) A ação agressiva de um obsessor violento a uma criatura possuidora de alta sensibilidade mediúnica (nervosa) quando direcionada ao pescoço da vítima, produz a mesma aparência do ataque epiléptico.
b) Quando a criatura traz em si, mesmo veladas, lembranças de erros graves em vidas passadas e, por remorso, tende a voltar ao local onde errou, ao defrontar-se com os quadros ideoplastizados ou ainda lá existentes, sofre tremendo impacto nervoso e emocional, entrando em convulsão.
c) Quando antigas vítimas, agora transformadas em vingadores, plasmam ao redor ou na tela mental da criatura, clichês ou quadros tenebrosos de seus erros em passadas existências. Da mesma forma o choque emocional acontece.
Nos três últimos casos o fenômeno geralmente é inconsciente e de difícil diagnóstico, mas perfeitamente passível de atendimento e cura, a nível espiritual num primeiro estágio e psicológico num segundo.
Podemos tomar também, como exemplo do bloqueio de Duplo Etérico com desastrosas conseqüências imediatas, mediatas e de longo prazo, os casos de vícios químicos como fumo, tóxicos, álcool e uso imprudente de determinados medicamentos. Conhecido é o caso da Talidomida que foi recomendada como atendimento nos enjôos da gravidez e produziu um bloqueio nas articulações dos ombros dos futuros bebês por impedimento do fluxo das energias que formariam os braços. Como conseqüência, nasceram bebês apresentando deficiências físicas irreversíveis.
O Duplo Etérico, quando do desencarne do ser, tem ainda a função de drenar dos níveis mais altos para o cadáver, as energias residuais, aliviando, dessa forma, ao desencarnante as sobrecargas desnecessárias e evitando sofrimentos futuros nos charcos de lama ácida do baixo astral, onde o mesmo teria que drenar esses sedimentos negativos. No desencarne por suicídio, acidente ou síncope cardíaca, há como que um choque violento, pela desintegração dos motos vorticosos (chacras), o que provoca o rompimento dos cordões fluídicos, impedindo a imediata e necessária drenagem de que já falamos.
Corpo Astral - Emocional, sensibilidade geral, instinto, emoções passionais. Primeiro invólucro espiritual mais próximo da matéria, facilmente visível por clarividentes. Luminosidade variável, branca argêntea, azulada etc. É o MOB (Modelo Organizador Biológico), é o molde que estrutura o Corpo Físico. Observável por fotografias, vidência, moldagens, impressões digitais, tácteis e aparições fantasmagóricas.
Todos os espíritos que incorporam em médiuns, possuem esta estrutura corpórea sutil, necessária à sua manutenção no mundo astral. Já os espíritos que não possuem este corpo em virtude de sua evolução, se comunicam com médiuns via intuição mental.
Desconfiamos que os espíritos que estão na forma ovóide e que se apresentam sem a forma humana, na realidade não perderam o Corpo Astral, eles o implodiram. Afirmamos isso em virtude de termos conseguido incorporá-los e restabelecer a sua forma humana. Se houvessem perdido, isso não seria possível.
Por outro lado, verificamos também que os médiuns que se recusam sistematicamente a educar sua mediunidade e colocá-la a serviço do semelhante no trabalho do bem, acumulam energias nesse corpo e no Duplo, deformando-os e prejudicando-os.
O Corpo Astral tem ainda a função da sensibilidade, dor ou prazer, registro das emoções sob vontade, desejos, vícios, sentimentos, paixões, etc., que nele são impressos pela força do psiquismo.
Este corpo é utilizado no mundo espiritual para incorporar espíritos já desprovidos dele, tal como nossas incorporações mediúnicas. O Corpo Astral pode desencaixar (desdobrar) do Físico por anestesia, coma alcoólico, droga, choque emotivo ou desdobramento apométrico da mesma forma que o Duplo Etérico. É com ele que, nos trabalhos com a técnica da Apometria, projeções astrais conscientes ou por sonho, viajamos e atuamos no tempo e no espaço. Tem a condição de desdobrar-se em sete sub-níveis conservando sua consciência e faculdades.
Corpo Mental Inferior ou Concreto - Alma inteligente, mentalidade, associação de idéias, sua aura ovalada envolve todo o corpo, pode ser registrado por fotografias ou percebido pela vidência. É o corpo que engloba as percepções simples, através dos cinco sentidos comuns, avaliando o mundo através do peso, cheiro, cor, tamanho, gosto, som, etc. É o repositório do cognitivo. É o primeiro grande banco de dados onde a mente física busca as informações que precisa, seu raciocínio é seletivo. Ele registra aquilo que, exterior à nossa pele, impressiona o nosso sistema nervoso. Está mais relacionado com o Ego inferior ou Personalidade encarnada.
Este corpo, quando em desequilíbrio, gera sérias dificuldades comportamentais tais como comodismo, busca desenfreada de prazeres mundanos, vícios etc. Normalmente sua forma é ovalada, mas pode ocorrer em raros casos uma forma triangular ou retangular, tem cores variáveis, podendo desdobrar-se em sete sub-níveis com os mesmos atributos que lhe são inerentes.
Corpo Mental Superior ou Abstrato - Memória criativa, pode ser percebida pela vidência. Este corpo é o segundo grande banco de dados de que dispõe o ser. Ele elabora e estrutura princípios e idéias abstratas, buscando sínteses ou conclusões que por sua vez são geradoras de novas idéias e assim por diante, infinitamente.
Quando ligado às coisas superiores, ocupa-se de estudos e pesquisas visando o aprimoramento do ser. Quando apegado às vivências inferiores em conexão com seus atributos de poder, mando e domínio do meio, cria sérias dificuldades à personalidade encarnada, pois costuma fragmentar-se em sub-níveis, liderando linhas de perturbação com os demais, que se ausentam, ignorando a realidade da personalidade encarnada.
Tem forma de uma rosácea com nove pétalas quando harmônico e saudável, tom cromático de chamas amareladas ou laranja com várias outras nuances de cores, e cada pétala tem um significado por estar ligada ou retratar as vibrações de cada um dos sete níveis, (sendo que o Átma, o Astral e Duplo Etérico são representados por duas pétalas cada, O Búdico está representado pela pétala superior em forma de cálice contendo dentro três pétalas menores representando as três almas, Moral, Intuitiva e Consciencial). Por ser o equipo do raciocínio criativo, é nele que acontece a elaboração do processo responsável pelo avanço científico e tecnológico, além de todo nosso embasamento filosófico. É o corpo que faz avaliações, formula teorias, relaciona símbolos e leis.
Trata do subjetivo, da imaginação, está mais relacionado com o Eu Superior ou Crístico, com a Individualidade. É o Corpo Causal, é causa, detentor da vontade e imaginação, é normalmente o gerenciador dos programas e ações do ser. Apega-se facilmente ao mando e poder, é o nível que tem o atributo do domínio do meio onde o ser vive, podendo por alguma contrariedade reagir negativamente a esse meio.
Corpo Buddhi - Composto pelas três Almas - Moral, Intuitiva e Consciencial - veículos e instrumentos do espírito. Suas linhas de força formam o corpo do mesmo, matéria hiperfisica, de sutil quintessenciação. Tem como atributo principal o grande núcleo de potenciação da consciência. Lá as experiências e acontecimentos ligados ao ser estão armazenadas e é de lá que partem as ordens do reciclar permanente das experiências mal resolvidas.
Alma Moral - Discernimento do bem e do mal sob o ponto de vista individual, tem a forma de um sol em chamas, é o veículo do espírito que impulsiona o espírito a obediência às leis do local onde o espírito está encarnado e comanda o comportamental da entidade encarnada em relação ao meio.
Alma Intuitiva - Intuição, inspiração do gênio científico, literário e artístico. Iluminismo. Em forma de ponta de lança triangular irradiando em torno, chamas ramificadas, animada de movimento rotatório lento, antena captadora e registradora das informações que vibram no cosmo. Instrumento da inspiração.
Alma Consciencial - Em forma de pequeno sol muito brilhante, radiações retilíneas, centro da individualidade espiritual. Consciência coordenadora e diretora da vida, elo de ligação com a Centelha Divina.
De um modo geral o Corpo Buddhi é pouco conhecido. Longe de nossos padrões físicos e de nossos meios de expressão, não há como compará-lo.
É o verdadeiro perispírito, ao final do processo evolutivo, quando os demais a ele se fundiram. É nele que se gravam as ações do espírito e dele partem as notas de harmonia ou desarmonia ali impressas, ou seja, as experiências bem significadas estão ali arquivadas e são patrimônio do espírito. As experiências mal resolvidas são remetidas de volta à personalidade encarnada para novas e melhores significações. E por ser, no espírito, o grande núcleo de potenciação da sua consciência cósmica, suas impulsões terão seus efeitos visíveis e somatizados no Corpo Físico ou no psiquismo da personalidade encarnada.
Tudo o que é inferior tende ao movimento descendente e o soma passa a ser o grande fio terra do ser em evolução. Quando em trabalho de limpeza dos cordões energéticos que ligam os corpos, observamos que ao se desbloquear os cordões, intensa e luminosa torrente de luz multicor jorra até os corpos inferiores.
Observados pela visão psíquica (vidência), o Buddhi e o Átmico formam maravilhoso e indescritível conjunto de cristal e luz girando e flutuando no espaço.
Corpo Átmico.- Espírito Essência ou Centelha Divina - Idiogênese diretriz e formativa, princípio fundamental e coordenador. Esfera multifacetada, verdadeiro sol irisado de luzes policrômicas. Inexplicável, indescritível, imanente, transcendente e eterno. Eu Cósmico. Mônada ou Semente pulsante de vida.
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CORPOS E ENERGIAS SUTIS
Retrato do corpo mental – Para definirmos, de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação. André Luiz (Evolução em Dois Mundos).
Temos necessidade de recorrer à existência de outros corpos além do corpo físico? Para essa resposta há muitas sutilezas a serem consideradas, porém a resposta é sim. O corpo físico em toda a sua complexidade físico-química, com milhares e milhares de reações intracelulares, com movimentos moleculares inteligentes e denotando um certo propósito, uma certa finalidade, não seria capaz de explicar todos os fundamentos do ser? A resposta a essa pergunta, no momento atual do conhecimento científico seria não. Todo raciocínio médico atual está baseado na primazia da matéria. Acredita-se que o ser humano e com ele todas as suas potencialidades na arte, religião, ciência, poesia, literatura, capacidade esportiva, criatividade, relacionamentos sociais, pensamentos, sentimentos, intuições são frutos de interações moleculares que ocorrem abaixo de nossas percepções, sem a participação da vontade, e que a capacidade de refletir sobre a própria existência seria também determinada pelo acaso e pela necessidade. Somos todos frutos de movimentos aleatórios de macromoléculas lentamente selecionadas pela natureza através de uma variabilidade genética que não controlamos, movimentos estocásticos, estimulados pelo ambiente que nos cerca. O mais grave talvez seja acreditar na capacidade da matéria em gerar, produzir, elaborar nossos aspectos internos e particulares como: sentimentos, pensamentos e intuições.
A ciência materialista é incapaz de validar esses aspectos internos do ser humano. Baseiam-se em um processo ascendente de raciocínio causal, em uma hierarquia simples onde em um processo linear buscamos no passado a causa do efeito. O átomo é uma totalidade! O átomo é uma individualidade! Porém em sua totalidade e em sua individualidade apresenta componentes que o constitui, possui outros elementos que o sustentam e dão forma, necessita de energia para a sustentação da forma. Trata-se de uma individualidade composta. A molécula é uma outra totalidade! A molecula é uma outra individualidade! Porém surgiu da união entre no mínimo dois átomos. Uma nova forma surgiu onde nada existia e para que ocorra esse surgimento há a necessidade de energia que sustenta essa nova forma. A molécula transcendeu o átomo e o incluiu na sua constituição. E, assim, observando-se toda a evolução da forma nota-se a presença de uma flecha que vai do simples ao complexo e nesse processo de “complexização” há envolvimento de energias que sustentam a sua manifestação. No princípio são forças de atracão e coesão e a medida que novas formas mais complexas surgem, novas possibilidades de manifestação aparecem também mais complexas e em todo processo energias vão se sutilizando a partir de energia densas, passando para a energia vital, energia mental e psíquica e assim por diante.
Esse princípio básico reflete um conhecimento profundo de nossa evolução. A forma posterior transcende anterior e a incluiu em sua constituição. Transcender e incluir. Nesse envolvimento, devemos refletir também com relação à energia. Da mesma maneira que a nova forma envolveu a forma antiga e a incluiu na sua constiutição, a nova energia “envelopou” a energia anterior e a incluiu na sua constituição também. Platão dizia que “desenvolvimento é envolvimento”. No caso da forma, observa-se uma maior complexidade, ou seja, a molécula é mais complexa que um átomo. No caso das energias, há uma sutilização da mesmas. A energia que sustenta uma molécula é mais sutil que a energia que sustenta um átomo e a energia que sustenta uma célula viva é muita mais sutil que ambas e ao mesmo tempo envolve essas energias em sua constituição. Temos então uma noção básica de como estrutura e energia estão relacionados. Quanto maior a complexidade da forma mais sutil é a energia.
Os seres humanos são muito curiosos e buscam a compreensão do universo que os envolve. Nesse processo de busca, o conhecimento humano atinge limites antes não imaginados. O ser humano ainda guarda questões para serem esclarecidas com relação aos seus sofrimentos, com relação ao seu destino, com relação à sua origem, com relação à sua dor, porém buscam no poder de análise, no reducionismo, as explicações para o mundo em que vivemos, algumas vezes esquecendo que esse mundo não é apenas o mundo externo de nossos relacionamentos, mas também o mundo interno de nossas reflexões.
Para levarmos adiante nossas observações sobre os corpos sutis é necessário considerar nosso ambiente interno, nossos sentimentos, nossos pensamentos e nossas intuições. Eles fazem parte da totalidade do ser humano e que, no momento, estão fora da equação. Como dito anteriormente a ciência, baseada na primazia da matéria, é incapaz de validar esses aspectos internos. Buscam todas as explicações em um processo ascendente de causas. Partículas elementares formam os átomos que formam moléculas que formam células(inclusive neurônios) que formam o cérebro e do cérebro emerge a essência, emerge a consciência. A consciência, por esse raciocínio causal ascendente passa a ser epifenômeno do cérebro, passa a ser uma secreção dos 100 bilhoes de neurônios que possuímos.
A física quântica do início do século XX começou a modificar um pouco o cenário acima descrito. Ela foi capaz de trazer para a equação algo que estava esquecido e separado: o observador. A consciência passou então a ser considerada em todos os experimentos, inclusive a experiência da fenda dupla traz para a equação do ser humano a consciência. A matéria, os seus constituintes são ondas de possibilidades. A própria física quântica pode ser compreendida como sendo a física das possibilidades. Nessa experiência, foram lançados elétrons que incidiam em uma superfície sensível porém antes passavam por um anteparo com duas fendas. Caso os elétrons fossem partículas como uma bola de gude, eles iriam produzir apenas duas imagens nessa superfície sensível. Não foi o ocorrido. Observou-se um padrão de interferência típico do comportamento de ondas com várias imagens claro escuro intercaladas. Repetiram o experimento, agora lançando apenas um único elétron. Após certo tempo, observou-se o mesmo padrão de interferência. Como pode isso ocorrer? Um elétron se comportando como onda? Os cientistas queriam mais. Queriam descobrir por qual fenda esse elétron passava. Em que momento eles se dividiam e passavam pela fenda, interferiam consigo mesmo para produzir um padrão de interferência. Colocaram um instrumento de observação antes das fendas para detectar o instante e por qual fenda o elétron passava. O que aconteceu? O elétron que antes produzira um padrão de interferência sem estar sendo observado, agora comportou-se como partícula e produziu apenas duas imagens na superfície sensível. O observador é capaz de colapsar a função de onda do elétron e transformá-lo em partícula. O elétron existe em um campo transcendente, em potentia, e a consciência é capaz de colapsar a função de onda do elétron. A realidade ocorre em dois domínios: POSSIBILIDADES E FATO MANIFESTO e a consciência do observador é o intermediário.
Então se matéria é apenas possibilidade, seguindo o raciocínio de Von Neumam, átomos possíveis são capazes de produzir moléculas possíveis, que produzem células possíveis e cérebros possíveis. No mundo quântico pode-se apenas aumentar as possibilidades e temos que admitir algo fora do sistema capaz de quebrar essa cadeia ad infinitum para, então, formar a realidade. A Consciência, o Espírito é o candidato não material capaz de converter as ondas de possibilidades da matéria em realidade. A consciência escolhe as possibilidades e co-cria sua realidade.
Essa consciência possui sutilezas. Ela sente, pensa e intui, apenas baseando na tipologia psicofísica de Carls Jung. As experiências do ser humano se passa em quatro mundos: 1) as sensações percebidas pelos órgãos dos sentidos estruturado em um corpo físico; 2) Os sentimentos existente em uma manifestacao sutil organizado em um corpo vital; 3) Os pensamentos organizados em um corpo mental e 4) As intuições organizadas em um corpo supramental. A consciência é capaz de manter um paralelismo psicofísico com esses corpos sutis. O corpo físico, o corpo vital, o corpo mental e o corpo supramental. Nossas sensações, nossos sentimentos, nossos pensamentos e nossas intuições. Todos são possibilidades disponíveis para a consciência. A consciência é algo não material e longe de ser um epifenômeno do cérebro é ela quem produz o cérebro e todo o nosso corpo. A consciência faz matéria. Aqui não há dualismo, pois a consciência escolhe sem trocas de sinais pelo fenômeno da não localidade e de maneira descontinua. Há as possibilidades dos sentimentos, há as possibilidades dos pensamentos e há as possibilidades das intuições. A matéria é possibilidade bem como as energias envolvidas e os campos envolvidos.
Temos agora a compreensão da física quântica do que vem a ser nosso EGO. Todo o conjunto de experiências vivenciadas pelo Espirito em evolução em todos esses corpos constitui o EGO. As possibilidades são muitas e o Espirito acaba se condicionando a escolhas rotineiras criando seus hábitos e seu caráter. O momento atual da evolução pede uma integração entre sentimento e pensamento. Como se estivéssemos educando as potencialidades do EGO e a medida que sua depuração ocorra acontece um desprender dos corpos mais densos, das energias mais densas e o espirito ousaria em outras dimensões. Pede também uma coerência para a aquisição de circuitos cerebrais das emoções positivas onde o significado do pensamento e o movimento da energia vital do sentimento, sentido em nossos centros vitais, devam ser representados no corpo físico em ações coerentes. Vivenciar o discurso! Isso agora faz sentido!
O aumento da complexidade da forma permite uma maior complexidade de expressão do Espírito utilizando-se de energias cada vez mais sutis. Essa é a síntese!
Abraços fraternos
Milton Moura
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