MENSIONAIS: CIDADE NO ALÉM – COLÔNIA “NOSSO LAR”
COMUNIDADES DIMENSIONAIS: CIDADE NO ALÉM – COLÔNIA “NOSSO LAR”
Convém esclarecer que Nosso Lar é uma colônia cidade, habitada por
homens e mulheres, jovens e adultos,
que já se desvencilharam do corpo físico, desencarnaram.
Pois a morte não existe.
Você já assitiu o filme “NOSSO LAR”?
- Aproveite e veja imagens inusitadas do Além. Bom Filme!!
Outras colônias-cidade espirituais, porém, existem, às centenas, em torno da Terra,
obedecendo às leis que lhes regem os movimentos de rotação e translação,
de acordo com vasta literatura espírita, de fontes confiáveis.
Quase quarenta anos após a publicação do livro “Nosso Lar”, o Plano Maior, através de Hiegorina Cunha, fornece-nos detalhes importantes, ilustradas com desenhos de próprio punho, da Colônia espiritual Nosso Lar, conforme o que nos detalha os livros:
- “Cidade no Além” e “Imagens do Além”, espírito Lucius, psicografado porHiegorina Cunha o plano piloto da cidade, que apresenta desenhos detalhados da mesma;
![cidade-no-alem-hiegorina2](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-hiegorina2.jpg)
Detalhes da cidade extraídos das obras de André Luiz psicografadas por Francisco Cândido Xavier, especialmente do livro Nosso Lar, com detalhes minuciosos, sobre a organização política da colônia, de seus logradouros, seus habitantes, edificações, etc .
I.- MAPAS DA COLÔNIA ESPIRITUAL “NOSSO LAR”
A minha janela era a luz do meu horizonte e a confidente de minhas confissões interiores, quando me analisava e lutava para conseguir superar as minhas limitações.
Certa manhã, ao invés do chilrear dos passarinhos junto ao meu quarto, um barulho estranho soava ameaçador, como um lamento terrível e estertórico.
- Era uma moto serra que rugia decepando frondosa árvore, que me oferecia sombra amiga e agasalhava os pássaros inquietos que sempre sonorizavam o meu quarto com o seu canto alegre.
Antes que pudesse tomar ciência do desastre, minha árvore amiga caía com estrondo para deixar espaço ao asfalto de nova rua que se desenhava. Era o progresso avançando e nos cobrando um alto preço.
O dia transcorreu ao ritmo daquele barulho triste com a faina de jovens operários retalhando os galhos da frondosa árvore, e confesso que não me foi nada agradável o fato que fui constrangida a presenciar.
À tarde, fomos ver de perto o estrago. As árvores morrem de pé.
- Aquela doía na alma vê-la inerme no chão, feita em pequenos pedaços, condenada à morte e condenada ao fogo.
- Que graciosa tessitura!
O Sol se despedia no horizonte, e só nos restava orar. No meio da dor, sentimos a presença de uma visita amiga.
Nosso Benfeitor chegava não apenas para suavizar nossa melancolia, mas para dar-nos uma lição através da Natureza.
Deixamos de fitar o céu, que se coloria de vermelho aos derradeiros raios do Sol, e voltamos nosso olhar para um pedaço do tronco decepado que se nos mostrava pela ferida molhada de seiva, que pareciam lágrimas, onde se desenhavam lindas circunferências. Uma dentro da outra.
Escureceu e, mais reconfortada, regressamos ao nosso aposento e fomos dormir, impressionada com a lição recebida.
Na manhã seguinte, pesar da tristeza pela ausência da árvore amiga, estava algo confortada interiormente.
Pus-me a pensar as circunferências, no lindo tronco serrado, na maravilha da obra de Deus.
Houve uma interferência em nosso pensamento e tudo nos indica que, à noite, nosso Benfeitor completou a lição da tarde, porque pareceu-me uma repetição ao ouvi-lo:
“Se fora possível cortar a Terra pelo meio, em seu todo, quer dizer, até onde alcançam seus limites verdadeiros, ver-se-iam círculos iguais aqueles, uns dentro dos outros, representando estágios da vidaespiritual, ou esferas vibratórias onde vivem os Espíritos, de acordo com a sua elevação.
- Numa dessas esferas estão as bases de Nosso Lar, a Colônia que conheces.”
“Foi no dia 2 de março de 1979, quando vivi a mais fascinante experiência de minha vida.
- Vi-me saindo do corpo, conduzida por um Espírito que não pude identificar, seguindo para uma cidade espiritual que depois soube tratar-se da cidade Nosso Lar (…)
- Via a cidade com alguns detalhes, guardando, ao despertar, toda a recordação da experiência daquela noite maravilhosa que se
interrompeu, em pleno amanhecer, quando o Espírito que me acompanhava convidou-me a regressar à Terra.
Não podia perder a visão de tão belo acontecimento e, assim, resolvi desenhar, retratando o que me foi possível conhecer naquela rápida visita.”
Esclareço que não sou desenhista, por isso, os desenhos que elaborei, procurando retratar o que vi, não podem ter pretensão técnica nem bastarem para refletir inteiramente a beleza das formas, gravadas no papel.
Diante daquela maravilhosa lição, fui impulsionada para elaborar o desenho. Fizemos o primeiro desenho com doze esferas.
II.- PLANISFERA, COM AS SUAS DIVISÕES
Depois fizemos o segundo, com sete esferas partindo da Crosta terrestre.
- A primeira esfera comporta o Umbral “grosso”, mais materializado, de regiões purgatoriais mais dolorosas e de cujas organizações comunitárias, conquanto estejam tão próximas, temos poucas notícias.
![cidade-no-alem-13b](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-13b.jpg)
(Nosso Lar, o filme- Fox Filmes).
- A segunda abriga as instituições espirituais, ou Umbral mais ameno, onde os Espíritos do Bem localizam, com mais amplitude, sua assistência, e onde estão situadas as “Moradias”. das quais nos falou André Luiz, que mesmo em sendo ainda Umbral, avida espiritual já é mais amena, conquanto o sofrimento dos Espíritos que por ali estagiam.
- A terceira esfera, ainda Umbral, embora em seus limites extremos, é onde está a cidade espiritual conhecida pelo nome de Nosso Lar, e é cor de ouro, em um ponto situado sobre a cidade do Rio de Janeiro e com uma altura que não podemos definir, mas que se encontra na ionosfera. Em sendo região de transição, abriga Espíritos necessitados de reencarnação.
![cidade-no-alem-13c](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-13c.jpg)
- A ilustração da Planisfera com as divisões das Esferas Espirituais (acima, no começo deste item II), nos mostra o campo magnético da Terra dividido em sete esferas, seguindo a tradicional concepção dos sete céus de que nos falam os antigos estudiosos das coisas espirituais.
- Na realidade, cada uma dessas divisões compreende outras, conforme asseguram os Espíritos.
- Há, porém, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosasesferas que se interpenetram.
- Ao que se deduz das narrativas do citado Mensageiro, as esferas espirituais se distinguem por vibrações distintas, que se apuram à medida que se afastam do núcleo.
Sabemos que a Terra é um grande magneto que se projeta no Espaço, mantendo um campo magnético ativo e diferenciado que comporta as esferas espirituais, de modo que, por exemplo, quando se contrabalançam os magnetismos da Terra e de Marte, tocando-se, os dois mundos se interpenetram, pelas suas esferas extremas.
- Mas, da Crosta até esse limite, os continentes e os mares se projetam, e onde o Espírito estiver situado pela sua identidade vibratória, seja onde for nesse vasto espaço magnético, sob seus pés terá terra firme e, sobre sua cabeça céu aberto, já que seus sentidos não estarão aptos para perceberem as esferas que lhe estão acima.
- Nessa posição terá a mesma geografia planetária que nos corresponde e o mesmo horário nosso, pois estará sob o mesmo fuso horário.
- Lendo André Luiz, quando descreve a segunda e a terceira esferas, percebemos que, em ambas, há chão firme, sólido, terra fértil que se cobre de vegetação.
![cidade-no-alem-07](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-07.jpg)
Se assim é, fácil é perceber-se que, para seus habitantes, nós estamos vivendo nointerior da Terra.
Ficamos emocionada e foi nesse enlevo que sentimos auxílio direto de nosso Benfeitor Amigo, ao nosso lado.
- Colorimos a quarta esfera de azul, a cor do céu. Estão aí os Espíritos encarregados dasArtes em geral, Cultura e Ciência.
- A quinta esfera, que pintamos de cor-de-rosa, é a do Amor Universal, onde estagiam Espíritos que sublimaram os sentimentos.
- Na sexta esfera estão os Espíritos que mantém contato com a Diretriz do Planeta, que decide os grandes planos da vida planetária.
- Depois dela vem a esfera externa, aberta para o Infinito, para os outros mundos e constelações, um verdadeiro Céu por representar libertação do Espírito no Cosmo Universal.
Percebe-se, também, nos livros de André Luiz, que os Espíritos que estão acima podemtransitar pelas esferas que lhe estão abaixo, mas os Espíritos que estão nas esferas inferiores não podem, sozinhos, passar para as esferas superiores.
O trânsito entre as esferas se faz por maneiras diversas. Por “estradas de luz“, referidas pelos Espíritos como caminhos especiais, destinados a transporte mais importante.
- Através dos chamados “campos de saída”, que são pontos nos quais as duas esferaspróximas se tocam.
Pelas águas, de se supor, as que circundam os continentes.
- No livro “Libertação”, 9a. ed.,às pag. 50, encontramos referências aos “campos de saída”.
- Em “Nosso Lar”, página 196, 25ª. Edição, relata a maneira pela qual, em sonho, passou para uma esfera superior, André Luiz se refere a uma embarcação, com um timoneiro sustendo o leme, e com movimento de ascenção, indo sair à frente de um porto, tudo indicando que a passagem se deu através das águas do oceano.
- Claro que se tratam de alguns aspectos rudimentares dessa questão importantíssima que é a das esferas espirituais da Terra.
![cidade-no-alem-09a](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-09a.jpg)
- No futuro, por certo, os Espíritos, sobre essa e outras importantes questões, farão mais luz, ensejando-nos compreender mais um pouco o mundo que se encontra acima de nossa fronteira vibratória.
É o que se deduz da afirmação contida à página 85, do livro “Os Mensageiros”, 14ª ed., e que transcrevemos…
- O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender o campo da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar-se perceptível.
- A eletricidade e o magnetismo são duas correntes poderosas que começam a descortinar aos nossos irmãos encarnados alguma coisa dos infinitos potenciais do invisível, mas ainda é cedo para cogitarmos de êxito completo.
- Somente ao homem de sentidos espirituais desenvolvidos é possível revelar alguns pormenores das paisagens sob nossos olhos.
- A maioria das criaturas ligadas à Crosta não entende estas verdades, senão após perderem os laços físicos mais grosseiros.
- É da lei, que não devemos ver, senão o que possamos observar com proveito.
III.- PLANISFERA COM A LOCALIZAÇÃO DE “NOSSO LAR”
- A Colônia Espiritual Nosso Lar, assinalada com uma estrela, está localizada naterceira esfera acima da Crosta, sobre uma extensa região do Estado do Rio Janeiro(entre as cidades do Rio Janeiro e Campos /Itaperuna), em fixa que pode ser definida como a periferia do Umbral.
Hiegorina esclarece:
–Apesar disso, fiz o desenho e guardei-o sem revelar nada a ninguém.
IV.- FUNDAÇÃO DA COLÔNIA “NOSSO LAR”
Foi em 1944, no livro “Nosso Lar”, pela Federação Espírita Brasileira, que o Espírito de André Luiz, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, relatando suas experiências, forneceu descrições pormenorizadas acerca da organização da Colônia Espiritual conhecida como “Nosso Lar”, sociedade comunitária e das edificações que lhe servem de apoio material.
- Cada desenho, semi-retangular, que está assinalado nessa região, representa uma“Moradia”.
- Chico Xavier contou que se surpreendeu pelo inusitado das revelações e que André Luiz, a fim de que ele desse livre curso aos seus relatos, certa noite, levou-o, emdesprendimento espiritual, até a cidade “Nosso Lar” para que se inteirasse da sua existência e conhecesse, pessoalmente, alguns recantos retratados no livro.
Realmente, o citado livro abria campos amplos e novos à indagação daqueles estudiosos que sentissem dificuldades, para entender como a vida poderia prosseguir, normalmente e sem saltos, após o desenlace físico.
Ao terminarmos os desenhos, nos apressamos em levá-los ao nosso querido Chico, para que os visse.
- Depois de dialogarmos longo tempo sobre os desenhos, e a mediunidade, Chico nos perguntou de repente:
–Você não recebeu um desenho que tem uma cruz?
– Cruz, Chico?
– Não, respondi surpresa. Houve uma pausa e recompondo-me acrescentei:
– Não recebi não, e, aliás, não sou muito ligada à cruz.
– Mas você vai recebê-lo.
– Mas cruz, Chico?! Mudando a voz, numa atitude de respeito e com um sorriso angélico, ele disse:
–Ela é linda!
Houve uma pausa, um silêncio. Em minha simplicidade de espírito, pensei que fazer o desenho de uma cruz não deveria ser tarefa difícil. Não nos esquecemos mais da expressão do nosso querido Chico, quando se referiu à beleza da cruz.
Na realidade, quanto ao desenho, não tínhamos a mínima noção de qual cruz se referia. Voltamos para a nossa casa, e não pensamos mais na cruz.
- Passadas umas duas semanas, um dia levantei-me, numa manhã banhada de luz, com a alma muito feliz, como se algo bom devesse acontecer comigo.
- Alvas nuvens corriam no azul celeste do céu. Que dia lindo! O canto dos pássaros, a Terra mesclada de cores e luz, tudo era um convite meditação.
- Era-me tão confortável aquele estado vibratório que zelava para dele não sair, usufruindo a felicidade que me invadia o ser.Cumprimos nossas tarefas cotidianas continuando a sentir como se o céu tivesse se fundido com a Terra. Assim o dia se findou.
![cidade-no-alem-13](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-13.jpg)
Veio o entardecer que logo cedeu lugar à noite. Coloquei minha música suave, fiz minha prece agradecendo a Deus por aquele dia feliz da minha vida e, nessa sintonia com a vibração do Alto, logo adormeci.
Vi-me no espaço, sentindo mais próximas as luzes das estrelas. Sabíamos que era um desdobramento, assim que saímos do veículo físico, consciente até um certo momento.
- Depois, que agradável surpresa! Estava num lugar celeste. Lá no centro havia uma Cruzmuito linda.
- Engastada na junção das duas partes, uma estrela brilhante parecia um sol de primeira grandeza. Controlei as emoções e pareceu-me ouvir, recordando, nosso amado irmão Chico repetir:
– Ela é linda! Sabia da disciplina que o momento impunha, por estar em trabalho. As lágrimas de emoção impediam-me de ver a sublimidade da paisagem viva, não podendo, assim, fazer o registro do magnífico desenho.
Foi quando o Benfeitor Amigo nos esclareceu compassivo:
– Estamos no Ministério da União Divina, na pontinha da estrela de Nosso Lar.Memorizemos para o desenho.
- As árvores, com sua postura ereta, representam uma ligação com o Alto. Há aqui reuniões com a abóboda pontilhada de astros, no Céu, em pleno Céu.
- Cada uma dessas árvores representa um Ministro de Nosso Lar. São setenta e duas,formando um triângulo.
- Tudo aqui, na Colônia, é simbólico.
- A árvore de tronco grosso, onde estão os bancos, é a Árvore do Evangelhoà qualJesus se referiu, aqui representando o Governador.
No plano mais alto, onde está o jardim, há doze árvores, resguardando a Cruz, simbolizando os Apóstolos.
- A Estrela de primeira grandeza representa Nosso Senhor Jesus Cristo quando veio ao planeta.
- A Cruz está sobre o Globo da Terra, dentro de um cálice de cristal, e de seus braços jorra água pura e quem dela beber jamais terá sede.
Contemplando aquela paisagem celeste, mais uma vez me veio à lembrança as palavras de meu Orientador na Terra:
– Ela é linda!
Aqui deixo o desenho que pude executar, agradecendo ao nosso Chico e ao nosso Benfeitor Amigo, por tantas alegrias espirituais que temos recebido, apesar de nada darmos em troca.
Obrigada, Senhor!
Pelas recordações da vida espiritual, organizamos a vida terrena, e André Luiz nos mostra que esta é uma copia imperfeita daquela.
- A Colônia “Nosso Lar”, segundo informações veiculadas por André Luiz, foi fundada por portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI, a partir de onde se localiza, atualmente, a Governadoria.
- Conta que, naquele trato de terra, onde se veem edifícios de fino lavor e onde se congregam vibrações delicadas e nobres, os fundadores encontraram “as notas primitivas dos silvícolas do país e as construções infantis de suas mentes rudimentares“, devendo, à custa de “serviço perseverante, solidariedade fraternae amor espiritual”, conquistá-los e integrá-los para conseguirem seus objetivos.
![cidade-no-alem-15](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-15.jpg)
Esclarecidos esses detalhes, passemos a considerar o plano piloto da cidade.
V. – PLANO PILOTO DA “COLÔNIA NOSSO LAR”
Hiegorina, conta-nos que transcorridos:
- “três anos depois a experiência se repetiu com mais nitidez, pudemos ver além do que havia visto na primeira vez, enquanto volitava sobre a cidade, embevecida com os detalhes da paisagem”.
- O Amigo Espiritual que me conduzia deixou-me num Departamento, na cidade, e foi para outro, atender a tarefas que lhe competiam.
- Permaneci à sua espera e, algum tempo depois, chamaram-me através de um aparelho de comunicação interna, à feição de telefone, para informar-me que deveria ficar naquela seção, uma vez que não convinha ir-me para onde ele estava, nas Câmaras, onde havia muito sofrimento, prevenindo-me que me buscaria para o regresso.
Acordei com um encaixamento brusco no corpo, sentindo ainda uma espécie de tontura da volição, mas com a consciência integral de tudo o que havia visto.
- Dessa viagem, saiu o segundo desenho ou planta baixa da cidade “Nosso Lar” e que corresponde ao Plano Piloto, segundo esclareceu depois Francisco Cândido Xavier, nosso querido Chico.
Mencione-se, desde logo, que existem dois desenhos:
- o primeiro que abrange apenas a estrela, onde se localiza a Governadoria e osconjuntos habitacionais, inscritos dentro dela, destinados aos trabalhadores de cada Ministério;
- o segundo já engloba, mais além, os conjuntos residenciais que, conquanto ainda afetos aos trabalhadores do Ministério, podem ser adquiridos por estes, através de “bônus-hora” e são suscetíveis de transmissão hereditária. Também nele se vê a grande muralha protetora da cidade.
- A cidade tem a forma de uma estrela de seis pontas, localizando-se a governadoria no centro do círculo em que está inscrita a estrela.
A cidade Nosso Lar, está dividida em seis módulos, cada um deles partindo daGovernadoria, órgão central, que está assessorada pelo trabalho e organização de seis Ministérios, a saber:
- Ministério da Regeneração,
- Ministério do Auxílio,
- Ministério da Comunicação,
- Ministério do Esclarecimento,
- Ministério da Elevação, e
- Ministério da União Divina,
Configurando-se como o centro administrativo, atuando nas áreas que os próprios nomes definem, sendo, cada Ministério, dirigido por doze Ministros.
À frente deles, está a grande praça que os circunda e que, para que se avalie o seu tamanho, está apta para receber, comodamente, um milhão de pessoas.
- A médium Hiegorina Cunha, cita que é belíssima, com piso semelhante ao alabastro, com muitos bancos ao seu redor, sendo que, nos espaços em que se vê o encontro dos vértices das bases dos triângulos, por de trás dos bancos, existem fontes luminosas multicoloridas e, em torno delas, flores graciosas e delicadas.
![cidade-no-alem-16](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-16.jpg)
Além da praça temos os núcleos residenciais em forma de triângulo e que, como já se disse, se destinam aos trabalhadores de cada Ministério, sendo que os mais graduados residem mais próximos à praça e, portanto, ao centro administrativo.
![cidade-no-alem-17](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-17.jpg)
Os quadros que se veem desenhados dentro do triângulo, e junto à muralha, são quadras onde se erguem as residências.
Nos espaços que medeiam entre um núcleo habitacional e outro, seja em direção à muralha seja em direção ao núcleo correspondente ao Ministério vizinho, existem grandes parques arborizados onde se erguem outras construções que não foram detalhadas na planta, destinadas ao lazer ou serviços, aos habitantes.
Vê-se, por exemplo, no parque:
- do Ministério da Regeneração, a locação do seu Parque Hospitalar;
- no Ministério da União Divina, o Bosque das Águas e,
- no Ministério da Elevação, o Campo da Música, todos referidos no livro “Nosso Lar”.
Cada núcleo residencial é cortado, no centro, por ampla avenida arborizada que o liga à praça principal e a Governadoria, e que se inicia junto à muralha.
Entre os núcleos em forma de triângulo e a muralha, estão os núcleos residenciaisdestinados aos Espíritos que, por seus méritos, podem adquirir suas casas mediante pagamento em bônus-hora, que é a unidade monetária padrão, correspondente à uma hora de trabalho prestado à comunidade.
- Estas casas, pertencendo aos que as adquirem podem ser objeto de herança.
Na planta aparecem umas poucas quadras, mas, na verdade, são muitas quadras, a perderem-se de vista e que se alongam até a muralha.
- Circundando toda a cidade, está a grande muralha protetora, onde se acham assestadas às baterias de projeção magnética, para defesa contra as arremetidas dosEspíritos inferiores, o que não deve estranhar porque, como sabemos, a cidade está situada numa esfera espiritual de transição, abrigando Espíritos que ainda devem se reencarnar.
- Por fora da muralha, estão os campos de cultivo de vegetais destinados aalimentarão pública.
A planta da cidade, no entanto, carece de medidas que nas propiciem uma exata compreensão do seu tamanho.
Mas, poderemos imaginar sua magnitude pelas referências que André Luiz nos faz.
- E uma cidade, amplamente disposta, para um milhão de habitantes.
VI. – DEMAIS INFORMAÇÕES SOBRE A “COLÔNIA NOSSO LAR”
Complementando as informações sobre a Colônia Nosso Lar, cremos seja de bom alvitre, mencionar detalhes e informações contidas nas demais obras de André Luiz, psicografados pelo Chico, informando na ordem em que se apresentam, citando, ao final, o número da página:
- do livro “Nosso Lar”, 25ª. edição, 1982:
- “Embora transportado à maneira de ferido comum, lobriguei o quadro confortante que se desdobrava à minha vista.
- Clarêncio, que se apoiava num cajado de substância luminosa, deteve-se à frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas. Tateando um ponto da muralha, fez-se longa abertura, através da qual penetramos, silenciosos.
Branda claridade inundava ali todas as coisas. Ao longe, gracioso foco de luz dava a idéia de um pôr-do-sol em tardes primaveris.
À medida que avançávamos, conseguia identificar preciosas construções, situadas em extensos jardins.
Ao sinal de Clarêncio, os condutores depuseram, devagarinho, a maca improvisada.
- A meus olhos surgiu, então, a porta acolhedora de alvo edifício, à feição de grande hospital terreno.
- Dois jovens, envergando túnicas de níveo linho, acorreram pressurosos ao chamado de meu benfeitor, e quando me acomodavam num leito de emergência, para me conduzirem cuidadosamente ao interior, ouvi o generoso ancião recomendar, carinhoso:
– Guardem nosso tutelado no pavilhão da direita. Esperam agora por mim.
Amanhã cedo voltarei a vê-lo.
- Enderecei-lhe um olhar de gratidão, ao mesmo tempo que era conduzido a confortável aposento de amplas proporções, ricamente mobiliado, onde me ofereceram leito acolhedor. (págs. 26/27).…
- Aquela melodia renovava-me às energias profundas. Levantei-me vencendo dificuldades e agarrei-me ao braço fraternal que se me estendia.
- …
Seguindo vacilante, cheguei a enorme saião, onde numerosa assembleia meditava emsilêncio, profundamente recolhida.
Da abóbada cheia de claridade brilhante, pendiam delicadas e flóreas guirlandas, que vinham do teto à base, formando radiosos símbolos de espiritualidade superior.
- Ninguém parecia dar conta da minha presença, ao passo que mal dissimulava eu a surpresa inexcedível. Todos os circunstantes, atentos, pareciam aguardar alguma coisa.
Contendo a custo numerosas indagações que me esfervilhavam na mente, notei que ao fundo, em tela gigantesca, desenhava-se prodigioso quadro de luz quase feérica.
- Obedecendo a processos adiantados de televisão, surgiu o cenário de templo maravilhoso.
![cidade-no-alem-22](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-22.jpg)
- Em plano inferior, setenta e duas figuras pareciam acompanhá-lo em respeitoso silêncio.
Altamente surpreendido, reparei Clarêncio participando da assembléia, entre os que cercavam o velhinho refulgente.
Apertei o braço do enfermeiro amigo, e, compreendendo ele que minhas perguntas não se fariam esperar, esclareceu em voz baixa, que mais se assemelhava a leve sopro:
- – Conserve-se tranqüilo. Todas as residências e instituições de “Nosso Lar” estão orando com o Governador, através da audição e visão à distância. Louvemos o Coração Invisível do Céu.” (págs. 28/29). …
![cidade-no-alem-23a](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-23a.jpg)
Deleitava-me, agora, contemplando os horizontes vastos, debruçado às janelas espaçosas. Impressionavam-me, sobretudo, os aspectos da Natureza. Quase tudo, melhorada cópia da Terra.
Cores mais harmônicas, substâncias mais delicadas. Forrava-se o solo de vegetação.
- Grandes árvores, pomares fartos e jardins deliciosos. Desenhavam-se montes coroados de luz, em continuidade à planície onde a colônia repousava.
Todos os departamentos apareciam cultivados com esmero. À pequena distância, alteavam-se graciosos edifícios. Alinhavam-se a espaços regulares, exibindo formas diversas.
- Nenhum sem flores à entrada, destacando-se algumas casinhas encantadoras, cercadas por muros de hera, onde rosas diferentes desabrochavam, aqui e ali, adornando o verde de cambiantes variados.
- Aves de plumagens policromas cruzavam os ares e, de quando em quando, pousavam agrupadas nas torres muito alvas, a se erguerem retilíneas, lembrando lírios gigantescos, rumo ao céu.
“Das janelas largas, observava, curioso, o movimento do parque. Extremamente surpreendido, identificava animais domésticos, entre as árvores frondosas, enfileiradas ao fundo.”(págs. 45/46).
…
“Decorridas algumas semanas de tratamento ativo, saí, pela primeira vez, em companhia de Lísias.
- Impressionou-me o espetáculo das ruas. Vastas avenidas, enfeitadas de árvores frondosas. Ar puro, atmosfera de profunda tranquilidade espiritual.
- Não havia, porém, qualquer sinal de inércia ou de ociosidade, porque as vias públicas estavam repletas.
Entidades numerosas iam e vinham. Algumas pareciam situar a mente em lugares distantes, mas outras me dirigiam olhares acolhedores.
Incumbia-se o companheiro de orientar-me em face das surpresas que surgiam ininterruptas. Percebendo-me as íntimas conjeturas, esclareceu solícito:
- Estamos no local do Ministério do Auxílio. Tudo o que vemos, edifícios, casas residenciais, representa instituições e abrigos adequados à tarefa de nossa jurisdição. Orientadores, operários e outros serviçais da missão, residem aqui.
Nesta zona:
- atende-se a doentes,
- ouvem-se rogativas,
- selecionam-se preces,
- preparam-se reencarnações terrenas,
- organizam-se turmas de socorro aos habitantes do Umbral, ou
- aos que choram na Terra,
- estudam-se soluções para todos os processos que se prendem ao sofrimento.” (págs. 50/51). …
A essa altura, atingíramos uma praça de maravilhosos contornos, ostentando extensos jardins.
No centro da praça, erguia-se um palácio de magnificente beleza, encabeçado detorres soberanas, que se perdiam no céu.”
- – Temos, nesta praça, o ponto de convergência dos seis ministérios a que me referi. Todos começam da Governadoria, estendendo-se em forma triangular.
E, respeitoso, comentou:
– Ali vive o nosso abnegado orientador.
(Nosso Lar, o filme- Fox Filmes).
- Nos trabalhos administrativos, utiliza ele a colaboração de três mil funcionários; entretanto, é ele o trabalhador mais infatigável e mais fiel que todos nós reunidos.” (. . .)”
Calara-se Lísias, evidenciando como a vida reverência, enquanto eu a seu lado contemplava, respeitoso e embevecido, as torres maravilhosas que pareciam cindir o firmamento. . .”(págs. 52/53). …
Enlevado na visão dos jardins prodigiosos, pedi ao dedicado enfermeiro para descansar alguns minutos num banco próximo. Lísias anuiu de bom grado.
Agradável sensação de paz me felicitava o espírito.
- Caprichosos repuxos de água colorida ziguezagueavam no ar, formando figuras encantadoras.” (pág. 54). …
Dado o meu interesse crescente pelos processos de alimentação, Lísias convidou:
– Vamos ao grande reservatório da colônia. Lá observará coisas interessantes.
- Verá que a água é quase tudo em nossa estância de transição.
Curiosíssimo, acompanhei o enfermeiro sem vacilar.
Chegados a extenso ângulo da praça, o generoso amigo acrescentou:
- – Esperemos o aeróbus (¹).
(Nosso Lar, o filme- Fox Filmes).
- O “aeróbus” (²), correndo numa velocidade que não permite fixar os detalhes da paisagem, e com paradas de três em três quilômetros, demora quarenta minutospara ir da Praça da Governadoria até o Bosque das Águas, que está localizado na planta.
- “Mal me refazia da surpresa, quando surgiu grande carro, suspenso do solo a uma altura de cinco metros mais ou menos e repleto de passageiros. Ao descer até nós, à maneira de um elevador terrestre, examinei-o com atenção.
![cidade-no-alem-30](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-30.jpg)
Não era máquina conhecida na Terra (Obs.: O livro “Nosso Lar” foi editado em 1944). Constituída de material muito flexível, tinha enorme comprimento, parecendo ligada afios invisíveis, em virtude do grande número de antenas na tolda.
- Mais tarde, confirmei minhas suposições, visitando as grandes oficinas do Serviço de Trânsito e Transporte.
- Lísias não me deu tempo a indagações. Aboletados convenientemente no recinto confortável, seguimos silenciosos. Experimentava a timidez natural do homem desambientado, entre desconhecidos.
- A velocidade era tanta que não permitia fixar os detalhes das construções escalonadas no extenso percurso.
- A distância não era pequena, porque só depois de quarenta minutos, incluindo ligeiras paradas de três em três quilômetros, me convidou Lísias a descer, sorridente e calmo.
Deslumbrou-me o panorama de belezas sublimes.
- O bosque, em floração maravilhosa, embalsamava o vento fresco de inebriante perfume.
(Nosso Lar, o filme- Fox Filmes).
- Tudo em prodígio de cores e luzes cariciosas.
- Entre margens bordadas de grama viçosa, toda esmaltada de azulíneas flores, deslizava um rio de grandes proporções.
A corrente rolava tranqüila, mas tão cristalina que parecia tonalizada em matiz celeste, em vista dos reflexos do firmamento.
- Estradas largas cortavam a verdura da paisagem.
Plantadas a espaços regulares, árvores frondosas ofereciam sombra amiga, à maneira de pousos deliciosos, na claridade do Sol confortador. Bancos de caprichosos formatos convidavam ao descanso.
Notando o meu deslumbramento, Lísias explicou:
- – Estamos no Bosque das Águas. Temos aqui umas das mais belas regiões de “Nosso Lar”. Trata-se de um dos locais prediletos para as excursões dos amantes, que aqui vêm tecer as mais lindas promessas de amor e fidelidade, para as experiências da Terra.
(Nosso Lar, o filme- Fox Filmes).
A observação ensejava considerações muito interessantes, mas Lísias não me deu azo a perguntas nesse particular.
Indicando um edifício de enormes proporções, esclareceu:
- – Ali é o grande reservatório da colônia. Todo o volume do Rio Azul, que temos à vista, é absorvido em caixas imensas de distribuição.
- As águas que servem a todas as atividades da colônia partem daqui.
- Em seguida, reúnem-se novamente, abaixo dos serviços da Regeneração e, voltam a constituir o rio, substâncias invisíveis para a Terra.” (págs. 59, 60 e 61). …
A descrição do Bosque das Águas que Hiegorina Cunha fez no livro “Imagens do Além”, coincide com o deslumbramento de André Luiz, diz ela:
- “O desenho que conseguimos registrar é muito pálido diante da realidade. É paisagem morta, sem beleza.
- Por mais que nos esforcemos, através do colorido, para dar vida ao desenho, não conseguimos trazer a real beleza desse recanto, o Bosque das Águas.
Vamos tentar descrevê-lo:
- Os frondosos arvoredos obedecem à simetria de traçado harmonioso, com suas delicadas ramagens de folhas translúcidas e flores luminosas.
- Os troncos deixam ver a seiva circulando, dando-nos uma lição da bênção da vida.
- As árvores são verdadeiras bailarinas no palco da Natureza, ao roçar da brisa.
- As folhas acompanham o ritmo, no murmúrio melódico, fazendo dueto com ospássaros que saltitam nos galhos com a sua plumagem policroma.
- Ali, um nascer ou pôr-do-sol é sempre um hino de louvor ao Criador na harmonia de cores, sons e luz.
- À noite, sob o esplendor das estrelas, com as flores luminosas, a paisagem torna-se lindo panorama que não consigo traduzir com a nossa linguagem.
- Avistamos um pequeno percurso do Rio Azul, deslizando em pequena corrente tranqüila, para ganhar, depois, naquele recanto, uma cascata onde, em baixo, as águas reunidas formam um lindo coração, regando o magnífico local.
- Ao lado, um reservatório de água para os frequentadores, que para ali vão, em refazimento de forças em plena Natureza, enquanto outros tecem compromissos reencarnatórios, em clima de paz e amor.
Nesse ângulo de visão, deixamos o singelo desenho, sem nenhuma pretensão artística, rogando ao Senhor da Vida que abençoe os corações espirituais que ali vão em busca de lenitivo, e nos conceda maiores recursos a fim de, mais fielmente, retratarmos as maravilhas celestes de Nosso Lar.” …
Passados minutos, eis-nos à porta de graciosa construção, cercada de colorido jardim.” (pág. 96).
– O nosso lar, dentro de “Nosso Lar”. Ao tinido brando da campainha no interior, surgiu à porta simpática matrona.” (Pág. 96). …
Entramos.
- Ambiente simples e acolhedor. Móveis quase idênticos aos terrestres; objetos em geral, demonstrando pequeninas variantes.
- Quadros de sublime significação espiritual, um piano de notáveis proporções, descansando sobre ele grande harpa talhada em linhas nobres e delicadas.
Identificando-me a curiosidade, Lísias falou, prazenteiro:… (pág. 97). …
- Em seguida, chamou-me Lísias para ver algumas dependências da casa, demorando-me na Sala de Banho, cujas instalações interessantes me maravilharam. Tudo simples, mas confortável.” (pág. 98). …
– Como se encara o problema da propriedade na colônia?
Esta casa, por exemplo, pertence-lhe?
Ela sorriu e esclareceu:
- – Tal como se dá na Terra, a propriedade aqui é relativa. Nossas aquisições são feitas à base de horas de trabalho.
- O bônus-hora, no fundo, é o nosso dinheiro. Quaisquer utilidades são adquiridas com esses cupons, obtidos por nós mesmos, ‘a custa de esforço e dedicação.
As construções em geral representam patrimônio comum, sob controle da Governadoria;
- cada família espiritual, porém, pode conquistar um lar (nunca mais que um),
- apresentando trinta mil bônus-hora, o que se pode conseguir com algum tempo de serviço.
- Nossa morada foi conquistada pelo trabalho perseverante de meu esposo, que veio para a esfera espiritual muito antes de mim.
Dezoito anos estivemos separados pelos laços físicos, mas sempre unidos pelos elos espirituais. Ricardo, porém, não descansou.
Recolhido ao “Nosso Lar”, depois de certo período de extremas perturbações, compreendeu imediatamente a necessidade do esforço ativo, preparando-nos um ninho para o futuro.
Quando cheguei, estreamos a habitação que ele organizara com esmero, acentuando-se nossa ventura. (…)” (págs. 115/116). …
– E o problema da herança? – inquiri de repente.
- – Não temos aqui demasiadas complicações – respondeu à senhora Laura, sorrindo. – Vejamos, por exemplo, o meu caso.
Aproxima-se o tempo do meu regresso aos planos da crosta.
Tenho comigo três mil Bônus-hora-Auxílio, no meu quadro de economia pessoal.
- Não posso legá-los a minha filha que está a chegar, por que esses valores serão revertidos ao patrimônio comum, permanecendo minha família apenas com o direito de herança ao lar;
- no entanto, minha ficha de serviço autoriza-me a interceder por ela e preparar-lhe aqui trabalho e concurso amigo, assegurando-me, igualmente, o valioso auxílio das organizações de nossa colônia espiritual, durante minha permanência nos círculos carnais.
Nesse cômputo, deixo de referir-me ao lucro maravilhoso que adquiri no capítulo da experiência, nos anos de cooperação no Ministério do Auxílio.
- Volto a Terra, investida de valores mais altos e demonstrando qualidades mais nobres de preparação ao êxito desejado.
E, enquanto os jovens se despediam, convidava-me, solícito:
- – Venha ao jardim, pois ainda não viu o luar destes sítios.
A dona da casa entrava em conversação com as filhas, enquanto acompanhando Lísias fui aos canteiros em flor.
- O espetáculo apresentava-se soberbo! Habituado à reclusão hospitalar, entre grandes árvores, ainda não conhecia o quadro maravilhoso que a noite clara apresentava, ali, nos vastos quarteirões do Ministério do Auxílio.
Glicínias de prodigiosa beleza enfeitavam a paisagem. Lírios de neve, matizados de ligeiro azul ao fundo do cálice, pareciam taças, de caricioso aroma.
Respirei a longos haustos, sentindo que ondas de energia nova me penetravam o ser. Ao longe, as torres da Governadoria mostravam belos efeitos de luz.
- Deslumbrado, não conseguia emitir impressões. Esforçando-me para exteriorizar a admiração que me invadia a alma, falei comovidamente: (…)”.(págs.126/127). Segui Tobias resolutamente.
Atravessamos largos quarteirões, onde numerosos edifícios me pareceram colmeias de serviço intenso. Percebendo-me a silenciosa indagação, o novo amigo esclareceu:
- A preparação de sucos, de tecidos e artefatos em geral, dá trabalho a mais de cem mil criaturas, que se regeneram e se iluminam ao mesmo tempo.
Daí a momentos, penetramos num edifício de aspecto nobre. Servidores numerosos iam e vinham. Depois de extensos corredores, deparamos com vastíssima escadaria, comunicando com os pavimentos inferiores.
- – Desçamos – disse Tobias com tom grave. “E notando minha estranheza, explicou, solícito:
– As Câmaras de Retificação estão localizadas nas vizinhanças do Umbral.
- Os necessitados que aí se reúnem não toleram as luzes, nem a atmosfera de cima, nos primeiros tempos de moradia em “Nosso Lar”.” (pág. 145). ...
Nunca poderia imaginar o quadro que se desenhava agora aos meus olhos.
- Não era bem o hospital de sangue, nem o instituto de tratamento normal de saúde orgânica.
![cidade-no-alem-39](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-39.png)
Logo após as vinte e uma horas, chegou alguém dos fundos do enorme parque. Era um homenzinho de semblante singular, evidenciando a condição de trabalhador humilde. Narcisa recebeu-o com gentileza, perguntando:
– Que há, Justino? Qual é a sua mensagem?
- O operário, que integrava o corpo de sentinelas das Câmaras de Retificação, respondeu, aflito:
- – Venho participar que uma infeliz mulher está pedindo socorro, no grande portão que dá para os campos de cultura.
- – Creio tenha passado despercebida aos vigilantes das primeiras linhas. . .
Curioso, segui a enfermeira, através do campo enluarado. A distância não era pequena. Lado a lado, via-se o arvoredo tranquilo do parque muito extenso, agitado pelo vento caricioso.
Havíamos percorrido mais de um quilômetro quando, atingimos a grande cancela a que o trabalhador referira-se.” (págs.168/169). …
- Agora, que penetrara o parque banhado de luz, experimentava singular fascinação.
Aquelas árvores acolhedoras, aquelas virentes sementeiras reclamavam-me a todo o momento.
- De maneira indireta, provocava explicações de Narcisa, enunciando perguntas veladas.
- – No grande parque – dizia ela – não há somente caminhos para o Umbral ou apenas cultura de vegetação destinada aos sucos alimentícios.
- A Ministra Veneranda criou planos excelentes para os nossos processos educativos.
E observando-me a curiosidade sadia, continuou esclarecendo:
- – Trata-se dos “salões verdes” para serviço de educação.
- Entre as grandes fileiras das árvores, há recintos de maravilhosos contornos para as conferências dos Ministros da Regeneração;
- outros para Ministros visitantes e estudiosos em geral, reservando-se, porém, um de assinalada beleza, para as conversações do Governador, quando ele se digna de vir até nós.
Periodicamente, as árvores eretas se cobrem de flores, dando ideia de pequenas torres coloridas, cheias de encantos naturais.
Temos assim, no firmamento, o teto acolhedor, com as bênçãos do Sol ou das estrelas distantes.
- –Devem ser prodigiosos esses palácios da natureza, acrescentei.
- - Sem dúvida – prosseguiu a enfermeira, entusiasticamente – o projeto da Ministra despertou, segundo me informaram, aplausos francos em toda a colônia.
- Soube que tal se dera, havia precisamente quarenta anos.
Iniciou-se, então, a campanha do “Salão Natural”.
- Todos os Ministérios pediram cooperação, inclusive o da União Divina, que solicitou o concurso de Veneranda na organização de recintos dessa ordem, no Bosque das Águas.
Surgiram deliciosos recantos em toda a parte. Os mais interessantes, todavia, a meu ver, são os que se instituíram nas escolas.
- Variam nas formas e dimensões.
- Nos parques de educação do Esclarecimento, instalou a Ministra um verdadeiro castelo de vegetação, em forma de estrela, dentro do qual se abrigam cinco numerosas classes de aprendizados e cinco instrutores diferentes.
- No centro, funciona enorme aparelho destinado a demonstrações pela imagem, à maneira do cinematógrafo terrestre, com o qual é possível levar a efeito cinco projeções variadas, simultaneamente.
- Essa iniciativa melhorou consideravelmente a cidade, unindo no mesmo esforço o serviço proveitoso à utilidade prática e à beleza espiritual.
Valendo-me da pausa natural, interpelei:
- – E o mobiliário dos salões? Tal como dos grandes recintos terrenos?
Narcisa sorriu e acentuou:
- – Há diferença. A Ministra ideou os quadros evangélicos do tempo que assinalou a passagem do Cristo pelo mundo, e sugeriu recursos da própria natureza.
- Cada “salão natural” tem bancos e poltronas esculturados na substância do solo, forrados de relva olente e macia. Isso imprime formosura e disposições características.
Disse à organizadora que seria justo lembrar as preleções do Mestre, em plena praia, quando de suas divinas excursões junto ao Tiberíades, e dessa recordação surgiu o empreendimento do “mobiliário natural”.
- A conservação exige cuidados permanentes, mas a beleza dos quadros representa vasta compensação.
A essa altura, interrompeu-se a bondosa enfermeira, mas, identificando-me o interesse silencioso, prosseguiu:
- – O mais belo recinto do nosso Ministério é o destinado às palestras do Governador.
A Ministra Veneranda descobriu que ele sempre estimou as paisagens de gostohelênico, mais antigo, e decorou o salão a traços especiais, formados em pequenos canais de água fresca, pontes graciosas, lagos minúsculos, palanquins de arvoredo e frondejante vegetação.
Cada mês do ano mostra cores diferentes, em razão das flores que se vão modificando em espécie, de trinta a trinta dias.
- A Ministra reserva o mais lindo aspecto para o mês de Dezembro, em comemoração aoNatal de Jesus, quando a cidade recebe os mais formosos pensamentos e, as maisvigorosas promessas dos nossos companheiros encarnados na Terra e envia, por sua vez, ardentes afirmações de esperança e serviço às esferas superiores, em homenagem ao Mestre dos Mestres.
Esse salão é nota de júbilo para os nossos Ministérios.
- Talvez já saiba que o Governador aqui vem, quase que semanalmente, aos domingos.
Ali, permanece longas horas, conferenciando com os Ministros da Regeneração, conversando com os trabalhadores, oferecendo sugestões valiosas, examinando nossasvizinhanças com o Umbral, recebendo nossos votos e visitas, e confortando enfermos convalescentes.
À noitinha, quando pode demorar-se, ouve música e assiste a números de arte, executados por jovens e crianças dos nossos educandários.
- A maioria dos forasteiros, que se hospedam em “Nosso Lar”, costuma vir até aqui só no propósito de conhecer esse “palácio natural”, que acomoda confortavelmente mais de trinta mil pessoas.
Ouvindo os interessantes informes, eu experimentava um misto de alegria e curiosidade.
- – O salão da Ministra Veneranda – continuou Narcisa, animadamente – é também esplêndido recinto, cuja conservação nos merece especial carinho. (…)”‘ (págs. 175 a 178).
…
Poucos minutos antes de meia-noite, Narcisa permitiu minha ida ao grande portão das Câmaras. Os Samaritanos deviam estar nas vizinhanças. Era imprescindível observar-lhes à volta, para tomar providências.
- Com que emoção tornei ao caminho cercado de árvores frondosas e acolhedoras.
- Aqui, troncos que recordavam o carvalho vetusto da Terra; além, folhas caprichosas lembrando a acácia e o pinheiro.
Aquele ar embalsamado figurava-me uma bênção.
- Nas Câmaras, apesar das janelas amplas, não experimentara tamanha impressão de bem-estar.
- Assim caminhava, silencioso, sob as frondes carinhosas.
- Ventos frescos, agitavam-nas de manso, envolvendo-me em sensações de repouso. (pág. 180). …
Estacaram as matilhas de cães ao nosso lado, conduzidas por trabalhadores de pulso firme. “Daí a minutos, estávamos todos enfrentando os enormes corredores de ingresso asCâmaras de Retificação. (. . .)” (pág.185). …
Chegada à hora, destinada à preleção da Ministra, que se realizou após a oração vespertina, dirigi-me, em companhia de Narcisa e Salústio, para o grande salão em plena natureza.
![cidade-no-alem-46](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-46.jpg)
- Calculei a assistência em mais de mil pessoas. Na disposição comum da grande assembléia, notei que vinte entidades se assentavam em local destacado entre nós outros e a eminência florida onde se via a poltrona da instrutora.” (pág.201)…
- “Nosso Lar”, portanto, como cidade espiritual de transição, é uma bênção a nós concedida por “acréscimo de misericórdia”, para que alguns poucos se preparem à ascensão, e para que a maioria volte a Terra em serviços redentores.
Compreendamos a grandiosidade das leis do pensamento e submetamo-nos a elas, desde hoje. (pág. 205). …
![cidade-no-alem-48a](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-48a.jpg)
A senhora Hilda convidou-me a visitar o jardim, para que pudesse observar, de perto, alguns caramanchões de caprichosos formatos.
- Cada casa, em “Nosso Lar”, parecia especializar-se na cultura de determinadas flores. Em casa de Lísias, as glicínias e os lírios contavam-se por centenas; na residência de Tobias, as hortências inumeráveis desabrochavam nos verdes lençóis de violetas.
Belos caramanchões de árvores delicadas, recordando o bambu ainda novo, apresentavam no alto uma trepadeira interessante, cuja especialidade é unir frondes diversas, à guisa de enormes laços floridos, na verde cabeleira das árvores, formando gracioso teto.” (págs. 205/206). …
![cidade-no-alem-52](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-52.jpg)
- Chegados aos pavimentos superiores, de onde nos poderíamos encaminhar à Praça da Governadoria, notamos intenso movimento em todos os setores.
Identificando-me o espanto natural, o companheiro explicou: (…)” (pág. 227). …
- Decorridos longos minutos, em que observávamos a multidão espiritual, atingimos oMinistério da Comunicação, detendo-nos ante os enormes edifícios consagrados ao trabalho informativo.
- Milhares de entidades acotovelavam-se, aflitivamente. Todos queriam informações e esclarecimentos. Impossível, porém, um acordo geral.
Extremamente surpreendido com o vozerio enorme, vi que alguém subira a uma sacada de grande altura, reclamando a atenção popular.
- Era um velho de aspecto imponente, anunciando que, dentro de dez minutos, far-se-ia ouvir um apelo do Governador.
- – E’ o Ministro Esperidião – informou Tobias, atendendo-me a curiosidade.” (págs. 229/230). …
![cidade-no-alem-50](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-50.jpg)
Em meio da geral alegria, ganhamos a via pública. As jovens faziam-se acompanhar de Polidoro e Estácio, com quem palestravam animadamente. Lísias, a meu lado, logo que deixamos o aeróbus numa das praças do Ministério da Elevação, disse carinhoso:
- – Finalmente, vai você conhecer minha noiva, a quem tenho falado muitas vezes a seu respeito.”
Havíamos alcançado as cercanias do Campo da Música.
- Luzes de indescritível beleza banhavam extenso parque, onde se ostentavam encantamentos de verdadeiro conto de fadas.
- Fontes luminosas traçavam quadros surpreendentes: um espetáculo absolutamente novo para mim.
- Ri-me, desconcertado, e nada pude explicar replicar.
Nesse momento, atingimos a faixa de entrada, onde Lísias, pagou gentilmente oingresso.
- Notei, ali mesmo, grande grupo de passeantes, em torno de gracioso coreto, onde um corpo orquestral de reduzidas figuras executava música ligeira.
- Caminhos marginados de flores desenhavam-se à nossa frente, dando acesso ao interior do parque, em várias direções.
Observando minha admiração pelas canções que se ouviam, o companheiro explicou:
- – Nas extremidades do Campo, temos certas manifestações que atendem ao gosto pessoal de cada grupo dos que ainda não podem entender a arte sublime; mas, no centro, temos a música universal e divina, a arte santificada, por excelência.
Com efeito, depois de atravessarmos alamedas risonhas, onde cada flor parecia possuir seu reinado particular, comecei a ouvir maravilhosa harmonia dominando o céu.
- Na Terra, há pequenos grupos para o culto da música fina e multidões para a música regional.
Ali, contudo, verificava-se o contrário. O centro do campo estava repleto. Eu havia presenciado numerosas agregações de gente, na colônia, extasiara-me ante a reunião que o nosso Ministério consagrara ao Governador, mas o que via agora excedia a tudo que me deslumbrara até então.
- A nata de “Nosso Lar” apresentava-se em magnífica forma.
- Não era luxo, nem excesso de qualquer natureza, o que proporcionava tanto brilho, ao quadro maravilhoso.
- Era a expressão natural de tudo, a simplicidade confundida com a beleza, a arte pura e a vida sem artifícios.
O elemento feminino aparecia na paisagem, revelando extremo apuro de gosto individual, sem desperdício de adornos e sem trair a simplicidade divina.
- …
- Grandes árvores, diferentes das que se conhecem na Terra, guarnecem belos recintos, iluminados e acolhedores.
- Não somente os pares afetuosos demoravam nas estradas floridas. (…)” (págs. 248 a 251).
- …
![cidade-no-alem-55b](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-55b1.jpg)
- “O orientador não desejava partir sem uma oração no Santuário, o que fazia habitualmente, antes de entregar-se aos trabalhos de assistência, sob sua direta responsabilidade.
- “À tardinha, pois, em virtude do programa delineado, encontrávamo-nos todos em vastíssimo salão, singularmente disposto, onde grandes aparelhas elétricos se destacavam, ao fundo, atraindo-nos a atenção.” (Obreiros da Vida Eterna, 12a. ed. FEB, pág. 25 – 1.ª edição foi em 1938). …
- No dia seguinte, após ouvir longas ponderações de Narcisa, demandei o Centro de Mensageiros, no Ministério da Comunicação.
- Acompanhava-me o prestimoso Tobias, não obstante os imensos trabalhos que lhe ocupavam o círculo pessoal.
- Deslumbrado, atingi a série de majestosos edifícios de que se compõe a sede da instituição. Julguei encontrar universidades reunidas, tal a enorme extensão deles. Pátios amplos, povoados de arvoredos e jardins, convidavam a sublimes meditações.
![cidade-no-alem-54](http://www.dicasdeespiritualismo.com.br/wp-content/uploads/2013/10/cidade-no-alem-54.jpg)
Tobias arrancou-me do encantamento, exclamando:
- – O Centro é muito vasto. Atividades complexas são desempenhadas neste departamento de nossa colônia espiritual.
- Não creia esteja resumida a instituição nos edifícios sob nossos olhos. Temos, nesta parte, tão-somente a administração central e alguns pavilhões, destinados ao ensino e à preparação em geral. (Os Mensageiros, 14a. ed. FEB, pág. 21 - primeira ediçãolançada em 1944).
- …
“No Templo do Socorro (1), o Ministro Clarêncio comentava a sublimidade da prece, e nós o ouvíamos com a melhor atenção.”
- ” (1) Instituição da cidade espiritual em que se encontra o Autor. – Nota do Autor espiritual.” (Entre a Terra e o Céu, 8a. ed. FEB, pág.9 - Primeira edição em 1954).
Quanto ao desenhos do livro “Cidade do Além”, feitos por Hiegorina Cunha, esta comenta que, ao terminá-los, estava encantada com a beleza da estrutura da Terra.
“Ela é divina, filha da Natureza, e estamos dentro do seu ventre-verdadeiro ventre materno -, a meio caminho à procura da Luz.
- Muito nos falta, ainda, para chegarmos à última esfera. Teremos que nascer e renascer muitas vezes, até que cheguemos a entender a beleza suprema da Luz e nos integrarmos, na grande família universal.”
Esclarece ainda, que, embora a forma seja a verdadeira, a cidade não se circunscreveao número de casas e de quadras indicadas no desenho apenas para efeito ilustrativo, uma vez que se trata de uma cidade de vastas dimensões, que abriga cerca de um milhão de habitantes.
Entusiasmada com o segundo desenho, mostrei-o a algumas pessoas mais íntimas e de minha confiança.
- Uma delas foi um primo, que levou a notícia a Francisco Cândido Xavier.
- O nosso bondoso médium de Uberaba se interessou e pediu-me que lhe levasse os desenhos, e qual não foi a minha surpresa quando me afirmou se tratar da cidade “Nosso Lar”, correspondendo-lhe exatamente à forma.
- Sob estímulo de seu carinho e compreensão, procurei grafar outros detalhes da cidade, que estão oferecidos neste livro.
Depositei os “esboçosos” nas mãos de Francisco Cândido Xavier, que se incumbiu generosamente dos detalhes complementares e do encaminhamento do material para o Instituto de Difusão Espírita, de Araras, que, afinal o editou.
- Na oportunidade, devo agradecer a Deus e aos Bons Espíritos pela participação que tive neste trabalho, rogando escusas, inclusive aos leitores, pelas deficiências naturais impostas pelas minhas limitações pessoais diz Heigorina Cunha Sacramento, 4 de fevereiro de 1983.
Você, caro leitor deste blog, ap´0os ler atentamente este resumo ilustrado com os desenhos de Hiegorina e, as fotos do Filme Nosso Lar — elaboradas com base tecnologia moderna, baseadas nas nos desenhos dos “Livros Cidade do Além” e “Imagens do Além”–, perguntamo-lo:
– Terá Hiegorina, conseguido transmitir, minuciosamente, toda a imagem do vasto contexto residencial da Colônia Nosso Lar?
Decerto que não, mas estamos à frente de uma realização válida pelas formas e ideias básicas que os Espíritos André Luís e Lucius tão majestosamente, delinearam, através da psicografia de Hiegorina Cunha e do nosso magnânimo Francisco Cândido Xavier, em meados do século XX.
Justo lembrar aqui os mapas que CristóvãoCOLOMBO
desenhou, por influência de Mentores e Amigos Espirituais, antes de desvelar a figura da América.
![](http://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png)
Semelhantes esboços não continham a realidade total, no entanto, demonstram, até hoje, que o valoroso navegador apresentava a configuração do Novo Continente, em linhas essenciais.
NOTAS:
(¹)= VOLITAÇÃO OU VOLIÇÃO – Capacidade que o espírito tem, em certo nível de adiantamento, de “voar”, não apenas no sentido literal, mas também de maneira mais transcendental. O espírito se transporta para onde quiser ou lhe for determinado, sob a ação e o impulso de sua própria inteligência. Ele viaja na velocidade de seu próprio pensamento, seguindo leis cósmicas da fisiologia do espírito e de suas interações com o meio espiritual e com o éter-cósmico.
(²)=Na Colônia “Nosso Lar”, escrito em 1943, já André Luiz explicava sobre a utilização do aeróbus como veículo dentro da colônia, e também nos espaços externos para outros locais, e mesmo no umbral, sendo que ele viveu esta experiência em 1930. A grande diferença entre o aeróbus do mundo espiritual e o que do nosso planeta, é o combustível. Do lado de lá, quem o move é o fluido vital, que faz parte da energia cósmica que permeia todo o Universo.
Fluído vital= A diferença entre uma árvore viva e um pedaço de madeira é justamente a presença do fluido vital na primeira e sua ausência na segunda.” Podemos utilizá-lo como veículo curativo, nas sessões espíritas e umbandistas onde há médiuns de cura, ou quando a Espiritualidade precisa que emanemos esse fluido ou energia vital através da concentração e da prece e os Espíritos Superiores captam e armazenam esta energia, e isso de modo algum pode ser considerado obsessão ou vampirismo, é um ato de caridade e amor. O fluido vital também é abundante na Natureza virgem, nas plantas e nas correntes de água. Daí a necessidade de cada um despertar para proteger cada vez mais a Natureza, como nossos índios outrora respeitavam e zelavam.
FOTOS: http://www.google.com.br, http://bvespirita.com, Fox Filme, Bosso Lar.
CONSULTA: pt.wikipedia.org/wiki/Nosso_Lar, www.guia.heu.nom.br/,
Livros: Nosso Lar, edição FEB, NO MUNDO MAIOR, 20ª edição, E A VIDA CONTINUA – 25ª edição, LIBERTAÇÃO, OBREIROS DA VIDA ETERNA, AÇÃO e REAÇÃO – Psicografia Francisco Cândido Xavier – Espírito André Luiz;“Moradas Espirituais”, Espírito Joaninha Darque, psicografia Vânia Arantes Damos, Ed. Intercult/Supercult
Nenhum comentário:
Postar um comentário