Nossa Senhora!
Dá-me, Senhora Mãe de Deus,
Um pouco da tua força... para a minha fraqueza;
Um pouco da tua coragem... para o meu desalento;
Um pouco da tua compreensão... para o meu problema;
Um pouco da tua plenitude... para o meu vazio;
Um pouco da tua rosa... para o meu espinho;
Um pouco da tua certeza... para a minha dúvida;
Um pouco do teu Sol... para o meu inverno;
Um pouco da tua disponibilidade... para o meu cansaço;
Um pouco do teu rumo infinito... para o meu extravio;
Um pouco da tua neve... para o meu barro;
Um pouco da tua serenidade... para a minha inquietude;
Um pouco da tua chama... para o meu gelo;
Um pouco da tua luminosidade... para a minha noite;
Um pouco da tua alegria... para a minha tristeza;
Um pouco da tua sabedoria... para a minha ignorância;
Um pouco do teu amor... para o meu rancor;
Um pouco da tua pureza... para o meu pecado;
Um pouco da tua vida... para a minha morte;
Um pouco da tua transparência... para o meu escuro;
Um pouco do teu filho Deus... para teu filho pecador.
Com todos esses "poucos", Senhora,
eu terei TUDO!
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"A VIRGEM MARIA".
Num sonho todo feito de incerteza,
De noturna e indizível ansiedade, É que eu vi Teu olhar de piedade, E mais que piedade, de tristeza ...
Não era o vulgar brilho da beleza,
Nem o ardor banal da mocidade.
Era outra luz, era outra suavidade, Que até nem sei se as há na natureza.
Um místico sofrer, uma ventura,
Feita só de perdão, só de ternura,
E da paz da nossa hora derradeira.
Ó visão, visão triste e piedosa,
Fita-me assim calada, assim chorosa,
E deixa-me sonhar a vida inteira.
soneto de Antero de Quental: ************************************************************************************
ANIVERSÁRIO NATALÍCIO DE MARIA
O Matrimônio de José e de Maria:
Em razão da perpétua virgindade de Maria, isto é, por seu desejo de evitar todo contato com um homem, cabe perguntar se pode existir um verdadeiro matrimônio com José. São Tomás de Aquino responde dizendo que efetivamente houve verdadeiro matrimônio, distinguindo a forma e o fim do mesmo:
1. A forma do matrimônio consiste em guardar indivisivelmente a fidelidade um ao outro;
2. O fim do matrimônio é a geração da espécie, que se obtém pela relação e a educação que se obtém pelas obras dos esposos.
No caso de Maria e José, quanto à forma, foi verdadeiro matrimônio, porque guardou-se a fidelidade. Quanto ao fim, refere-se À relação, então hão consumada, mas en quanto tiver um filho: Jesus, de que se ocuparam também de sua educação. (cf. S. Th. III, q. 29. a.2)
Em outras palavras, a essência do matrimônio consiste no direito sobre os corpos com o objetivo da procriação - ius incorpore - mas, outra coisa é o uso desse direito, que pode usar-se ou não em razão das causas legítimas. Disso onderesulta que pode existir verdadeiro matrimônio, ainda quando este seja virginal.
Disse São Tomás: "Não pode negar que Maria e José contrairam o verdadeiro matrimônio, porquanto que Maria concebeu e deu a luz a Cristo virginalmente e no
dia da união com José. Com isso, pode se dizer aos fiéis casados que, ainda guardado de comum consentimento a continência, permanece o vínculo conjugal sem a união dos corpos". (S. Th. Q.29, a.2)
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A Virgindade de Maria
A Virgindade de Santa Maria pode ser entendida em um triplo sentido: Virgindade de mente é dizer um constante propósito de virgindade, evitando todo aquilo que repugna a perfeita castidade. Este é o chamado aspecto espiritual ou de entrega total a Deus.
Virgindade dos sentidos, ou seja, a imunidade dos impulsos desordenados da concupiscência. Este é o chamado aspecto moral. Virgindade do corpo, isto é, a integridade física jamais violada por nenhum contato de homem algum. O Dogma Mariano do qual agora tratamos detém-se a considerar, principalmente, a integridade corporal de Santa Maria, e assim a Igreja nos ensina que Maria Santíssima:
- era virgem ao conceber a Nosso Senhor (antes do parto);
- foi virgem ao dar a luz ao Senhor (no parto);
- permaneceu virgem depois do nascimento de Cristo (depois do parto).
Autor: Bruno Valadão
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Na Igreja há dois tipos de culto o de latria e o de dulia. O culto de latria (λατρεια) é o culto de adoração, prestado somente a Deus, como supremo Senhor de toda vida e de todo o universo, confessando que absolutamente tudo depende dele.
A Sagrada Escritura não informa, mas por Tradição sabemos que os pais de MARIA de Nazaré chamavam-se Joaquim e Ana. Para confirmar, desde 1584 a Igreja comemora no dia 26 de Julho, a Festa de São Joaquim e Sant'Ana, "Avós de JESUS".
NOSSA SENHORA nasceu pura e sem qualquer mancha, isenta dos efeitos do Pecado Original e exuberante de graças pelo Altíssimo, pelo mérito de ter sido escolhida a MÃE DO SENHOR. O fato provavelmente ocorreu no ano 732 da fundação da cidade de Roma, isto porque, segundo o cálculo elaborado pelos especialistas baseados em documentos antigos, JESUS nasceu no ano 748. Assim sendo, vem confirmar que a VIRGEM MARIA tinha 16 anos de idade quando deu à luz ao REDENTOR na Gruta em Belém.
ANIVERSÁRIO NATALÍCIO DE MARIA
A Igreja celebra a Festa da Natividade da MÃE DE DEUS em 8 de Setembro, embora nossa MÃE SANTÍSSIMA, nas Aparições em Medjugorje (desde Junho de 1981), informou aos videntes que Ela nasceu no dia 5 de Agosto.
Para confirmar a data do Aniversário de MARIA, existem dois fatos ocorridos no mesmo dia, que colaboram de maneira efetiva para a aceitação do dia 5 de Agosto como a data Natalícia de NOSSA SENHORA, considerando que as "coincidências" existem, mas sem dúvida, elas são Obras da Providência Divina.
O primeiro fato aconteceu em Agosto do ano 352, na cidade de Roma, com uma nevada milagrosa no monte chamado Esquilino. Giovanni Patrício e sua esposa sonharam que a VIRGEM MARIA desejava que fosse construída uma Igreja em sua homenagem e "avisou" que marcaria o local, cobrindo-o com neve. No sonho, NOSSA SENHORA apareceu com o Menino JESUS ao colo e pedia ao casal que levasse a notícia ao Sumo Pontífice. Na audiência com o Papa Libério (352-366), o casal ao descrever o sonho, deixou o Sumo Pontífice surpreso e admirado, porque também ele havia recebido a mesma mensagem enquanto dormia. Por isso mesmo, determinado a verificar a maravilha, junto com o seu acompanhante, foi ao local e o encontrou coberto com neve em pleno verão na Itália. Era o dia 5 de Agosto de 352. No local indicado pela VIRGEM, o Papa iniciou a construção da BASÍLICA LIBERIANA ou IGREJA DE SANTA MARIA DAS NEVES e também na mesma data, instituiu a Festa de NOSSA SENHORA DAS NEVES, ou da VIRGEM BRANCA, em homenagem a MÃE DE DEUS.
O segundo fato, ocorreu no ano 431, quando por ordem do Papa Celestino I (422-432), foi instaurado na Ásia Menor, o Concílio de Éfeso, entre os dias 22 de Junho a 31 de Julho. Neste Concílio Ecumênico, foi reconhecida e proclamada oficialmente a MATERNIDADE DIVINA DE MARIA. No dia 5 de Agosto em Roma, Sua Santidade celebrou uma Santa Missa festiva e leu o texto do Dogma da MATERNIDADE DIVINA DE NOSSA SENHORA.
No pontificado do Papa Sixto III (432-440), sucessor do Papa Celestino I, foi edificado naquele mesmo local indicado pela VIRGEM MARIA, no monte Esquilino, em Roma, outro templo em honra de NOSSA SENHORA, com uma sólida e bem dimensionada estrutura, formosas colunas jônicas e três magníficas naves, que permanecem até hoje. A Igreja antiga construída pelo Papa Libério, desapareceu no tempo sem deixar vestígio. O novo templo foi denominado BASÍLICA DE SANTA MARIA MAGGIORE (Santa Maria, a Maior), referindo-se a grandeza das virtudes e o imenso poder de intercessão da MÃE DE DEUS, NOSSA SENHORA, SANTA MARIA DAS NEVES. Ao longo dos séculos, a Basílica recebeu muitos melhoramentos, admiráveis pinturas, artesanato com ouro no teto e nos altares, pisos cerâmicos com desenhos especiais, notáveis imagens e artísticas esculturas, que transformaram o Templo numa majestosa Basílica Mariana, uma das mais importantes e mais bonitas do mundo. Anualmente em Roma, no dia 5 de Agosto as homenagens a NOSSA SENHORA se renovam e se multiplicam em festas e celebrações, relembrando com entusiasmo e alegria o aniversário de construção da Basílica, um digno e precioso presente da humanidade em honra e como demonstração de fervoroso amor a NOSSA SENHORA, na data de seu Aniversário Natalício.
Sua infância foi normal, alegre e tranquila, como de todas as crianças que são cercadas pelos carinhos e atenções dos pais e parentes.
Aos três anos de idade em atendimento aos preceitos da lei judaica, foi levada ao Templo em Jerusalém para ser Consagrada e Apresentada a DEUS. A Lei mosaica (Lv 27,1-6) determinava obrigações para as crianças de ambos os sexos, as quais deveriam ser Apresentadas, Consagradas e Oferecidas a DEUS por toda a vida, e os pais, para resgatá-las, tinham que pagar um tributo em gramas de prata (ciclo de prata, moeda da época).
Passavam-se os anos, MARIA crescia em graça, beleza e formosura, mostrando grande interesse pelos rolos de pergaminho da Escritura Sagrada, que ficavam guardados num baú na casa que servia de sinagoga, para as reuniões semanais dos judeus em Nazaré.
A idade de 12 anos, tanto para os rapazes como para as moças israelitas, era um tempo de significado muito especial, porque de acordo com o costume e a lei, os rapazes passavam a gozar dos direitos civis, tornando-se cidadãos judeus, e as moças eram consideradas "gedulah" , legalmente autorizadas a se casar. Assim, atingida esta idade, com o amparo da lei eram elaborados os contratos de casamento.
Foi então, que ao completar os doze anos de idade, aconteceu a primeira manifestação decidida de MARIA, quanto ao ideal de sua vida. Seus pais conversando sobre as formalidades da lei e o grande interesse dos jovens por ela, abordaram o assunto de um possível casamento. Presume-se que ela com o maior respeito e sem ferir a obediência, deve ter argumentado, dizendo que embora eles desejassem uma "aliança" , os seus sentimentos tinham evoluído em direção a um projeto mais sublime.
Com certeza eles não compreenderam as palavras da filha, contudo, mesmo sem entender a explicação, confiaram, conscientes de que ela sempre demonstrara um procedimento amadurecido, com atitudes responsáveis e um exato cumprimento das obrigações.
Na verdade, pelos manuscritos sagrados MARIA conheceu o CRIADOR e apaixonou-se por ELE, pela grandeza do Amor Divino e a incomensurável magnitude da misericórdia do SENHOR. Vivia imaginando em pensamentos as manifestações Divinas que lia nos papiros e seu amor crescia cada vez mais. Tanto evoluiu e cresceu que atingiu uma imensa grandeza, ocupando a sua mente e todas as fibras do coração. Ela sentia que era uma necessidade de sua alma agradar a DEUS em todos os momentos de sua existência, por isso, mesmo nos trabalhos diários, nas menores e mais modestas ocupações, procurava faze-las com interesse, zelo e perfeição, porque compreendeu também, que todos os seus atos eram parte do viver cotidiano e portanto, se os fizessem revestidos de mais atenção e amor, indubitavelmente ia agradar muito mais ao PAI ETERNO. E por isso, assim Ela procedia!... Sempre preocupada em inovar, em descobrir um novo modo, um gesto mais significativo ou mais carinhoso, que mostrasse a delicadeza e a grandeza de seu amor, para agradar ainda mais o CRIADOR, idealizou o cultivo de uma virtude que a conduziu a uma decisão séria e singular, qual seja, aquela de manter a virgindade, como a melhor maneira que encontrou para agradar o PAI ETERNO.
Mas naquele tempo, os costumes e a lei judaica não prescreviam a virgindade, simplesmente ela não existia, porque toda mulher devia se casar, ter os seus filhos e criar a sua prole. Então evidencia-se a coragem e a expressão máxima da força de vontade de uma mulher! Ela imaginou um modo mais santo e genuíno de agradar a DEUS e decididamente colocou-o em prática, tranquila e sem temor. Arriscava-se a ser escarnecida por sua comunidade, a ser considerada castigada pelo SENHOR, por não se casar e não ter filhos. Isto porque, segundo a lei, a mulher que não tivesse filhos era considerada desonrada, tratava-se de um fato ignominioso, considerado até mesmo um castigo Divino. (Gn 30,23)(1 Sm 1,5-8)
Entretanto MARIA permaneceu firme e inabalável em sua resolução, no ideal secreto que somente Ela e o PAI ETERNO conheciam.
SURGIU JOSÉ
- José era carpinteiro e fabricava diversos utensílio de madeira: portas, janelas,
carroças, arados, etc. Teve mais coragem que os outros rapazes e aproximou-se da família do senhor Joaquim, estabelecendo amizade com todos, porque estava simpatizando com MARIA e desejava frequentar a residência de seus pais.
Nas oportunidades procurava conversar com ela, falar de seu trabalho, dos planos, dos projetos futuros, descrevendo passagens e casos pitorescos ocorridos com sua família para faze-la sorrir e participar de sua vida.
Ela sempre reservada, delicadamente ouvia as narrativas, mas procurava afastar-se, embora lhe agradasse os assuntos e as atenções dele, contudo não as estimulava. Deixava que as coisas acontecessem como bons vizinhos que eram, no pequeno lugarejo de Nazaré.
Todavia, a medida que aconteciam as visitas, o interesse dele crescia e se tornava cada vez mais forte. José andava entusiasmado e não escondia as suas reações. Ela ao contrário, mantinha-se com visível discrição, ouvia as insinuações dele, mas calava-se. Entretanto, na continuidade das visitas, o entendimento entre ambos expandiu-se e robusteceu, dando coragem a MARIA de confiar a José o grande segredo de sua vida. Num dia, quando os dois jovens conversavam sobre a existência e as coisas do cotidiano, ela explicou que gostava da companhia dele e inclusive, também simpatizava com ele, mas desejava que continuassem como bons amigos, porque o seu ideal era outro. Contou-lhe que tinha dedicado toda a sua vida e sua virgindade a DEUS, que verdadeiramente era o seu grande amor e por quem o seu coração apaixonadamente pulsava forte com todas as veras de sua alma.
José ficou perplexo!... Não acreditava que estivesse ouvindo aquelas palavras... Como todo judeu queria casar, ter filhos e construir a sua descendência. Por isso, admirado com aquela revelação, não soube o que dizer! Sob a força das palavras da mulher que amava, via os seus sonhos soçobrarem como pequenos castelos de areia na praia destruídos pelas ondas do mar!
Passou vários dias meditando sobre eles, sobre o futuro e sua vida sem ela. Depois de muita reflexão, induzido por um raciocínio certo e equilibrado, encontrou uma solução que conciliaria o propósito de sua amada, com o dele. Na verdade José queria viver junto dela para sempre, pois sentiu que ela era insubstituível em sua existência, por suas excepcionais qualidades e sua fascinante beleza. Assim, com o coração transbordando de ternura foi ao encontro de MARIA... Fixou nela o seu olhar e com a convicção de ter feito a melhor escolha, propôs-lhe que ele também faria o voto de castidade perpétua se ela se casasse com ele, para juntos dedicarem a DEUS a virgindade do casal, o trabalho de ambos e a própria vida.
MARIA aceitou a proposta de José, porque compreendeu que era a solução ideal para os dois. Casados podiam cultivar a castidade sem que ninguém percebesse, concretizando o nobre e singular objetivo, para felicidade do casal e demonstração de um profundo e imenso amor ao CRIADOR.
Seguindo as leis e o costume judaico, foi feito o contrato de casamento, ficaram desposados. Em breve começaria os preparativos para a cerimônia das Bodas e a alegria já ocupava uma preciosa dimensão no coração dos noivos.
Fonte: apostoladosagradoscoracoes.angelfire.com/index12.htm
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Em razão da perpétua virgindade de Maria, isto é, por seu desejo de evitar todo contato com um homem, cabe perguntar se pode existir um verdadeiro matrimônio com José. São Tomás de Aquino responde dizendo que efetivamente houve verdadeiro matrimônio, distinguindo a forma e o fim do mesmo:
1. A forma do matrimônio consiste em guardar indivisivelmente a fidelidade um ao outro;
2. O fim do matrimônio é a geração da espécie, que se obtém pela relação e a educação que se obtém pelas obras dos esposos.
No caso de Maria e José, quanto à forma, foi verdadeiro matrimônio, porque guardou-se a fidelidade. Quanto ao fim, refere-se À relação, então hão consumada, mas en quanto tiver um filho: Jesus, de que se ocuparam também de sua educação. (cf. S. Th. III, q. 29. a.2)
Em outras palavras, a essência do matrimônio consiste no direito sobre os corpos com o objetivo da procriação - ius incorpore - mas, outra coisa é o uso desse direito, que pode usar-se ou não em razão das causas legítimas. Disso onderesulta que pode existir verdadeiro matrimônio, ainda quando este seja virginal.
Disse São Tomás: "Não pode negar que Maria e José contrairam o verdadeiro matrimônio, porquanto que Maria concebeu e deu a luz a Cristo virginalmente e no
dia da união com José. Com isso, pode se dizer aos fiéis casados que, ainda guardado de comum consentimento a continência, permanece o vínculo conjugal sem a união dos corpos". (S. Th. Q.29, a.2)
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A Virgindade de Maria
A Virgindade de Santa Maria pode ser entendida em um triplo sentido: Virgindade de mente é dizer um constante propósito de virgindade, evitando todo aquilo que repugna a perfeita castidade. Este é o chamado aspecto espiritual ou de entrega total a Deus.
Virgindade dos sentidos, ou seja, a imunidade dos impulsos desordenados da concupiscência. Este é o chamado aspecto moral. Virgindade do corpo, isto é, a integridade física jamais violada por nenhum contato de homem algum. O Dogma Mariano do qual agora tratamos detém-se a considerar, principalmente, a integridade corporal de Santa Maria, e assim a Igreja nos ensina que Maria Santíssima:
- era virgem ao conceber a Nosso Senhor (antes do parto);
- foi virgem ao dar a luz ao Senhor (no parto);
- permaneceu virgem depois do nascimento de Cristo (depois do parto).
Autor: Bruno Valadão
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Veneração a Maria
O culto de dulia (δουλεια) é o culto de veneração, prestado aos santos e, estando a Virgem Maria acima de todos na corte celeste, é-lhe prestado um culto especial de veneração, chamado hiperdulia (‘υπερδουλεια).
A Mariologia, instituída como uma das bases da fé Católica Romana, fez surgir ao longo dos tempos, diversas formas de devoção àquela que chamam de Nossa Senhora, com diversas denominações.
Invocada por suas denominações, a veneração a Maria é responsável pela multiplicidade de nuances em seu caráter, que é admirado em aspectos parciais.
Lista dos nomes de Maria
Nome | Origem | Devoção |
Nossa Senhora da Abadia | imagem encontrada perto da Abadia de Bouro, na arquidiocese de Braga, Portugal | Em Portugal, nome de mulher: “Maria da Abadia”; |
Nossa Senhora da Ajuda | relembra Maria junto à cruz, também implorando a Deus pelo gênero humano | Nome de mulher; “Maria da Ajuda”; |
Nossa Senhora do Amor Divino | relembra o amor especial que Deus dedicou a Maria, escolhendo-a por sua Mãe; | |
Nossa Senhora do Amparo | relembra Jesus crucificado, entregando Maria como Mãe de todos os homens; | Nome de mulher: Maria do Amparo; |
Nossa Senhora das Angústias | relembra as angústias de Maria ao presenciar a paixão e morte de Jesus; | toponímicos em Espanha, Portugal e Brasil; |
Nossa Senhora dos Anjos | Relembra Maria, como rainha das cortes celestes e também faz alusão à cidade de Assis, Itália, local para onde havia sido levado um pedaço do túmulo da Virgem e se ouvia sempre o canto dos anjos; | Nome de mulher; “Maria dos Anjos”; |
Nossa Senhora da Anunciação | Visita do arcanjo Gabriel a Maria | Nome de mulher, "Maria da Anunciação"; |
Nossa Senhora Aparecida, ou da Conceição Aparecida | Imagem encontrada no Vale do Paraíba (São Paulo) | Padroeira do Brasil. Nome de mulher: “Maria Aparecida”; |
Nossa Senhora da Apresentação | Apresentação de Maria, no Templo de Jerusalém; | Toponímicos; |
Nossa Senhora Aquiropita | Imagem que não foi pintada por mão humana, de devoção em Rossano, na Calábria | Nome comum de mulher, entre os italianos e seus descendentes; Paróquia do Bairro da Bela Vista, em São Paulo; |
Nossa Senhora da Assunção | relembra a elevação de Maria, de corpo e alma, aos céus; | Nome de mulher; “Maria da Assunção”, “Assunta”; |
Nossa Senhora Auxiliadora | relembra o auxílio de Maria ao Papa Pio VII, durante o domínio napoleônico; | Nome de mulher: “Maria Auxiliadora”; |
Nossa Senhora do Belém | relembra a maternidade de Maria, na cidade de Belém; | Nome de mulher: “Maria de Belém”; canções natalinas |
Nossa Senhora da Boa Hora | relembra a proteção de Maria na hora dos partos e na hora da morte; | |
Nossa Senhora da Boa Morte | Proteção aos agonizantes; | Nme de diversas confrarias; |
Nossa Senhora da Boa Nova | Maria é que traz aos homens a Boa Nova (Evangelho) do nascimento de Jesus; | Nome de mulher: "Maria da Boa Nova"; |
Nossa Senhora da Boa Viagem | relembra Maria como protetora dos portugueses que partiam nas viagens de descobrimento do Novo Mundo; | Toponímicos; |
Npssa Senhora do Bom Conselho | relembra Maria como grande conselheira dos Apóstolos, cultuada desde o século V, na cidade italiana de Genazzano; | |
Nossa Senhora do Bom Despacho | celebra o prestígio de Maria perante Deus, pelo despacho da encarnação do Verbo; | Toponímicos; |
Nossa Senhora do Bom Parto / do Parto | Nascimento de Jesus, tendo Maria permanecido virgem antes, durante e depois do parto. | — |
Nossa Senhora do Bom Socorro | relembra o socorro de Maria aos cristãos, celebrado, desde o século X, em Blosville, na Normandia; | Toponímicos; |
Nossa Senhora do Bom Sucesso | relembra o auxílio da Mãe de Deus para os que almejam sucesso em seus tratamentos de saúde e nos seus empreendimentos materiais; | Toponímicos; |
Nossa Senhora do Brasil | relembra as inúmeras graças concedidas, por seu intermédio, aos brasileiros; | Paróquia célebre de São Paulo; |
Nossa Senhora das Brotas | relembra o fato de folhas brotarem numa altar de Nossa Senhora, no início do povoamento de Cuiabá, no estado de Mato Grosso, no século XVIII; | Toponímicos; |
Nossa Senhora da Cabeça | imagem encontrada no Pico da Cabeça, Serra Morena, na Andaluzia, no século XIII ; | |
Nossa Senhora do Cabo da Boa Esperança | relembra a proteção de Maria, no século XV, quando protegeu os portugueses, na sua esperança de chegar às Índias, dobrando o Cabo das Tormentas; | Toponímico; |
Nossa Senhora das Candeias | relembra a purificação de Maria no Templo, comemorada com uma procissão luminosa; | Toponímicos; |
Nossa Senhora da Candelária | relembra a purificação de Maria no Templo, comemorada com uma procissão luminosa; | Nome de mulher: “Maria Candelária”; célebres paróquias do Rio de Janeiro e de Itu |
Nossa Senhora de Caravaggio | Aparição da Virgem , no século XV, em Caravaggio, cidade italiana próxima a Milão.; | Cruz de Caravaggio; |
Nossa Senhora do Carmo, do Monte Carmelo | relembra o convento construído em honra à Virgem, nos primeiros séculos do cristianismo, no Monte Carmelo, na Samaria; | |
Nossa Senhora da Carpição | originária de cerimonial de carpição ou capina de um terreno onde foi ereta uma capela dedicada à Virgem Maria, em São José dos Campos, São Paulo, no século XIX; | Toponímico; |
Nossa Senhora de Ceuta ou do Bastão | relembra o auxílio da Virgem Ana conquista de Ceuta, por Dom João I; sua imagem traz um rico bordão na mão, donde vem o termo “do Bastão”; | Toponímico; |
Nossa Senhora da Conceição / da Imaculada Conceição | Relembra que Santana concebeu Maria, pura sem pecado. | Prenome feminino: Maria da Conceição, Conceição |
Nossa Senhora da Consolação | relembra a Virgem como “Consoladora dos aflitos”, devoção iniciada por Santa Mônica; | Paróquia de São Paulo; |
Nossa Senhora de Copacabana | Imagem esculpida por um índio, Francisco Tito Iupanqui, no século XVI, na aldeia de Copacabana, às margens do Lago Titicaca; | Toponímicos; |
Nossa Senhora da Correia | relembra a correia da cintura da Virge Maria, símbolo de pureza, com que as mulheres judias eram cingidas desde a infância; | Toponímicos; |
Nossa Senhora dos Desamparados | relembra a proteção de Maria a uma confraria criada , no século XV, em Valência |
Fonte: Comunidade Eterna Misericórdia
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